O presidente executivo da Web Summit, Paddy Cosgrave, revelou numa entrevista à agência Lusa que quer expandir as conferências tecnológicas regionais, após o Rio de Janeiro, para o Médio Oriente em 2024 e para África em 2025.
“A Web Summit em Lisboa é a conferência anual mais importante. Pensamos que um evento na América do Sul é uma grande oportunidade para fazer crescer a marca particularmente da Web Summit”, afirmou à Lusa Canadá, uma vez que está em Toronto para participar na conferência regional da América do Norte “Collision”, que vai decorrer de 20 a 23 de junho. No evento são esperados cerca de de 35 mil participantes, sendo que 340 startups vão estar representadas por mulheres.
“No seu devido tempo queremos ter uma conferência em África talvez em 2025 e no Médio Oriente em 2024. Estamos ansiosos por organizar mais eventos”, acrescentou.
Recentemente, foi anunciada a realização de uma cimeira tecnológica no Rio de Janeiro em 2023, referido como um evento “regional” e uma “oportunidade” para crescer a marca fora da Europa.
Paddy Cosgrave referiu o impacto impacto global da Web Summit nas eleições, nas liberdades, e também na própria comunicação social. “As conferências tecnológicas começaram só a focar-se em tecnologia, mas depois, algumas dessas empresas e a própria tecnologia, tornaram-se tão grandes, que começaram a ter um impacto nas eleições e começaram mesmo a mudar a imprensa”, afirmou. Nesse sentido, a Web Summit “tornou-se num local global de convívio, não apenas para encontro de pessoas ligadas ao ramo tecnológico, mas também para legisladores, Comissários Europeus, políticos de vários pontos do mundo, desde a NATO até ao Secretário-Geral das Nações Unidas”.
O responsável também defendeu que a Web Summit tem de uma forma indireta “contribuído para ajudar a tornar o mundo num melhor lugar” com a discussão de temas importantes nas várias conferências.