Estamos apenas a alguns dias do terceiro lançamento da Starship, o foguete mais alto e potente do mundo, pela SpaceX. Segundo Elon Musk, este lançamento tem a maior probabilidade de alcançar a órbita sem explodir, um feito que a SpaceX está ansiosa para alcançar.
No entanto, a SpaceX não se contenta apenas em evitar o final explosivo dos dois voos anteriores. A empresa pretende demonstrar tecnologias críticas para as missões lunares da NASA e espera ter o foguete pronto para descolar assim que a licença de voo for aprovada.
A Administração Federal de Aviação (FAA) deverá emitir a nova licença de voo da Starship entre meados e finais de Fevereiro. Esta aprovação promete ser muito mais rápida do que a anterior, que demorou sete meses a ser concluída, por duas razões principais:
1. Menos coisas para investigar: A Starship que voou no primeiro lançamento de teste, em Abril de 2023, destruiu a plataforma de lançamento com um descolar lento e sem um deflector de chamas que amortecesse a sua potência. O foguete perdeu o controlo devido à falha de vários motores e acabou por se desintegrar sem completar a separação de etapas. No entanto, a SpaceX implementou várias melhorias no foguete e na plataforma que permitiram um descolar impecável no segundo voo.
2. Pressões à FAA: A SpaceX precisa aumentar a frequência de voos da Starship para avançar no seu desenvolvimento. O sucesso do foguete é necessário para que os Estados Unidos voltem a pisar a Lua com as missões Artemis III e IV da NASA, previstas para 2026 e 2028. A SpaceX tem pressionado o governo para que aumente os recursos da FAA de forma a acelerar a aprovação de licenças e novos voos.
The FAA is on pace to issue a Starship launch license mid to late February, I’m told, in what is shaping up to be a busy month. Intuitive Machines plans to launch in time for a Feb. 22 lunar landing, which is the same day Crew-8 is scheduled to launch. Caveats about delays, etc. pic.twitter.com/FV6PUO8dsg
— Christian Davenport (@wapodavenport) February 1, 2024
A NASA escolheu a Starship como aterrador lunar para as missões Artemis III e IV. O enorme foguete foi originalmente projetado para transportar carga e pessoas para Marte, mas o seu baixo custo em comparação com outras propostas, e o facto de a SpaceX já ter protótipos em desenvolvimento, acabaram por convencer a NASA.
No entanto, apesar do ritmo de trabalho frenético da SpaceX, o programa Starship ainda tem “uma quantidade considerável de trabalho técnico” a fazer, o que levou ao adiamento da missão Artemis III.
A principal incógnita do terceiro voo da Starship é se o foguete conseguirá sobreviver à reentrada atmosférica, uma vez que nunca alcançou a órbita. O escudo térmico do foguete é composto por milhares de ladrilhos octogonais de cerâmica colados ao corpo de aço do foguete.
Nos primeiros dois voos, algumas destas peças caíram durante o lançamento. A Starship do terceiro voo, com o número de série Ship 28, tem um escudo mais robusto, onde cada peça foi inspecionada individualmente para verificar a cola.
Na minha opinião, a SpaceX está a fazer um trabalho notável na vanguarda da exploração espacial. A sua persistência e inovação são admiráveis, e estou ansioso para ver o que o futuro reserva para a Starship e para a exploração espacial em geral.