A SpaceX prepara-se para lançar a primeira aterragem privada, de um japonês, na Lua. Até agora, apenas Estados Unidos, Rússia e China conseguiram colocar um robô na superfície lunar. A missão, da empresa japonesa ispace, é a primeira de um programa chamado Hakuto-R.
Medindo pouco mais de 2 por 2,5 metros, o foguetão leva a bordo um rover de 10 quilos chamado Rashid, construído pelos Emirados Árabes Unidos.
O país, rico em petróleo, é um dos recém-chegados à corrida espacial, mas conta com sucessos recentes, incluindo uma sonda para Marte em 2020. Se for bem-sucedida, Rashid será a primeira missão lunar do mundo com pegada árabe.
“Conseguimos muito nos seis curtos anos desde que começamos a preparar este projeto em 2016”, disse o CEO da ispace, Takeshi Hakamada.
Hakuto foi um dos cinco finalistas da competição internacional Google Lunar XPrize, um desafio que tinha por objetivo aterrar um rover na Lua antes do final de 2018, que terminou sem vencedor. Mas alguns dos projetos ainda estão em a decorrer. Outro finalista, da organização israelita SpaceIL, falhou em abril de 2019 para se tornar a primeira missão com financiamento privado a alcançar o feito, depois de cair na superfície lunar e ficar totalmente destruída enquanto tentava aterrar.
A ispace, que tem apenas 200 funcionários, diz que “visa estender a esfera da vida humana ao espaço e criar um mundo sustentável, fornecendo serviços de transporte de alta frequência e baixo custo para a Lua”. As missões futuras devem contribuir para o programa Artemis da NASA. O Artemis-1, um voo de teste sem tripulação para a Lua, está em a decorrer.
A agência espacial dos Estados Unidos quer desenvolver a economia lunar nos próximos anos construindo uma estação espacial que orbite a Lua e uma base na superfície. As empresas americanas Astrobotic e Intuitive Machines devem decolar em 2023, podendo chegar ao destino antes do ispace por uma rota mais direta, apontam os especialistas.
Fonte: Parabolic Arc.