Um estudo desenvolvido internamente por funcionários da Google, com base num documento da Microsoft que se tornou público por acidente e noutras estatísticas de mercado, sugere que a Microsoft teve uma queda operacional de três mil milhões de euros em receitas relativas ao consumo do Azure no ano passado.
A confirmar-se estes dados, são vários milhões de euros a menos do que os analistas de Wall Street previam. O Bank of America foi o mais realista nas suas previsões que, mesmo assim, não apontavam para uma queda tão acentuada.
Entretanto, o analista financeiro Derrick Wood, analista da Cowen, diz que “não é possível ter-se registado uma perda tão grande”. A sua pesquisa mostra que o Azure ostenta uma margem operacional acima de 30%, em comparação com a estimativa do Google de uma margem de 10% negativos!
A Google há vários anos que tenta recuperar o atraso no mercado de infraestrutura em nuvem, uma vez que aparece em terceiro lugar no pódio dos Estados Unidos, atrás da Amazon e, claro, da Microsoft.
A cloud tem sido uma das batalhas de maior risco em tecnologia, já que as maiores e mais bem cotadas empresas de tecnologia dos Estados Unidos estão a tentar fechar negócios lucrativos de grandes empresas e agências governamentais, que estão cada vez mais preocupadas com as necessidades críticas de computação e armazenamento dos seus próprios dados.
A Google e a Microsoft têm tentado impedir que a Amazon Web Services domine o mercado em que a empresa de comércio eletrónico foi pioneira em 2006. A Amazon relata receita e lucro operacional para a AWS, dando aos investidores a imagem mais clara de seus negócios em nuvem entre as três empresas. A AWS registou uma margem de lucro operacional de 26% no terceiro trimestre.
Fonte: CNBC