O custo total da remoção da tecnologia das fornecedoras chinesas das infraestruturas de telecomunicações norte-americanas deverá situar-se em cerca de mil milhões de euros. A estimativa foi feita à Reuters pela Federal Communications Commission (FCC), o regulador das comunicações nos Estados Unidos. Só no caso da Huawei e da ZTE serão necessários 3 mil milhões de euros.
Estes valores são muito superiores ao que foi previsto para o processo. O Congresso dos Estados Unidos encarregou em 2019 a FCC de apelar aos operadores de telecomunicações norte-americanos que recebem subsídios federais, para removerem e substituírem as tecnologias das tecnológicas chinesas, que foram consideradas uma ameaça à segurança nacional. Mas apenas foram alocados pelo Congresso 1,9 mil milhões de euros para a remoção das tecnologias, o que significa que terão apenas subsídio para a remoção de 40% dos custos, de acordo com os valores da FCC.
Neste momento, as empresas também não são obrigadas a completar o processo de remoção e substituição do equipamento de rede até receberem o seu reembolso.
Em fevereiro, já tinham sido recebidas 181 candidaturas ao programa de apoio financeiro ao processo de remoção e substituição, com a soma dos pedidos a atingir os 5,6 mil milhões de euros.
De recordar que desde que a FCC considerou a Huawei e a ZTE como ameaças nacionais à segurança, os Estados Unidos têm tentado remover os seus equipamentos de telecomunicações da sua rede. Embora as sanções impostas durante a presidência de Donald Trump tenham dado um duro golpe no negócio de smartphones da Huawei, e levado à proibição do seu equipamento 5G em muitas regiões, a empresa conseguiu ultrapassar a crise, nomeadamente através da venda da sua submarca Honor.
A Huawei foi uma das seis empresas do mundo a gastar mais de 20 mil milhões de euros em investigação e desenvolvimento só no ano passado.