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São os dobráveis a salvação da Samsung?

Diogo Simões by Diogo Simões
2021/08/11
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Para muitos, a Samsung é a gigante do Android. A sua liderança e inovação em diversos segmentos mobile não deixaram ninguém indiferente na última década e, quer se seja um utilizador Android ou de iOS, qualquer pessoa sabe identificar um produto da marca sul-coreana. Todavia, algo mudou este ano. E, onde antigamente a Samsung reinava em volume de negócio, em julho esta deu quase que de mão beijada a sua posição no segmento Android a uma das marcas que mais tem crescido na Europa. De quem falo? Pois bem, falo da “marca laranja”, a Xiaomi.

Fonte: Counterpoint Research

De mão beijada?

Não é novidade que, nos últimos cinco anos, a Samsung pouco inovou no mercado móvel. Quem o fazia era a Huawei e os seus avanços em fotografia, viodeografia, bateria e duração dos dispositivos. Em Portugal, e em diversos países, assistia-se a uma massificação da marca e a uma liderança incontestável que pretendia chegar ao número a nível mundial. Todavia, com os problemas entre EUA e Huawei, a marca começou a perder fôlego no mercado e a fazer com que os seus utilizadores (incluindo eu) migrássemos para outras marcas.

Samsung Galaxy S20 Ultra IG zana_l_i
Photo by Zana Latif / Unsplash

A Samsung, nos últimos dois anos, procurou acompanhar a concorrência e, mesmo com os seus esforços em AI ou especificações malucas como um zoom de 100x num smartphone que nem conseguia focar, fez com que o mercado fosse mudando. É certo que, e como mostram os dados, os modelos mais populares da marca não são mais produtos topos de gama (linha S e Note), antes equipamentos de entrada ou gamas média-alta (numa lista dominada pela Apple). Porém, num ano onde a empresa abandonou a linha Note (uma aposta que não chegava aos 1600€), a promessa da Xiaomi em dominar o mercado mundial em três anos parece, cada vez mais, possível.

O que correu mal?

Muitos podem pensar que este artigo tem alguma preferência da minha parte a determinada marca. Estando longe disso, quero antes refletir em como estes últimos dois anos pareceram catastróficos para a sul-coreana. Mas não sou só eu a indicar isso, visto que a empresa já realizou este ano duas vistorias e revisões ao seu setor mobile após vendas fracas da linha S21 (menos 20% que a linha S20 e menos 47% comparado à linha S10).

Fonte: Android Authority

Mas o que correu realmente mal? Para começar, o problema dos semicondutores. Já referido em diversos artigos no Updated, a referida crise veio dar uma pausa à linha Note este ano, como levou a que a empresa não conseguisse ter processadores suficientes da fornecedora MediaTek. Se aliarmos estes problemas de 2021 ao problema da guerra entre Exynos e Snapdragon vemos a empresa em maus lençóis. Porquê? Não só a empresa teve, nos últimos anos, perdas de processamento, desempenho gráfico e eficiência energética questionados em larga escala — e que levou ao desmantelamento da equipa Exynos —, o S20 Ultra (o topo dos topos), foi lançado cheio de problemas com a câmara, nomeadamente problemas de focagem e um excesso de marketing para um zoom de 100x inutilizável (e sem fundamento).

A crise de semicondutores, explicada
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UpdatedDiogo Simões

A linha Note20 Ultra veio salvar, em parte, os problemas do S20 Ultra. Porém, a empresa parece dar mais um tiro no pé com um Note 20 em plástico, com ecrã de baixa taxa de atualização e câmaras nada revolucionárias (não esqueçamos de acrescentar ainda o Exynos à equação).

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UpdatedDiogo Simões

Tudo isto levou a um ano de 2020 animadíssimo para uma empresa que parecia realmente querer inovar. E, reparem, muito disso chegou por atualizações de software e uma One UI 3 fabulosa. As coisas começaram a encaminhar-se ao ponto da empresa reforçar a parceria com a Google para melhores serviços e aplicações nos futuros dispositivos, a uma parceria com a AMD para elevar o jogo nos processadores Exynos e até à promessa de três anos de atualizações Android e quatro anos de atualizações de segurança…

Mas chegamos a 2021

Chegamos à atualidade com uma linha lançada mais cedo (em janeiro) e que prometia tudo. E, apesar de (na minha opinião) o design ser dos mais bonitos dos últimos anos, os modelos S21 e S21+ em pouco ou nada melhoravam dos modelos anteriores. É nestes pontos que as empresas como a Xiaomi, Oppo, OnePlus ou Apple crescem na perceção destas linhas pouco equilibradas e que não consigam fazer face aos valores cobrados. Sim, os preços foram mais baixos e o S21 Ultra resolveu todos os problemas do seu antecessor — quer em bateria, processamento e câmara — mas os modelos de entrada da linha não conseguiam realmente destacar-se dos apresentados no ano anterior e a Xiaomi apresentava, na altura, a sua concorrência com a linha Mi 11 e a OnePlus com o seu nono modelo.

Unpacked Agosto de 2021

O certo é que depois de 13,5 milhões unidades mundiais vendidas, a Samsung quis massificar os equipamentos dobráveis. Com um Galaxy Z Fold 3 e Flip 3 altamente promissores e deveras melhorados no software e hardware, será que os valores pedidos pelos mesmos conseguirão realmente tornar estas tecnologias acessíveis aos consumidores?

Porque, reparem, para os padrões de 2020 e 2021, as câmaras colocadas são terríveis e a nova invenção, a câmara debaixo do ecrã, tem a resolução de 4 MP. Uma resolução tão baixa que a marca nem a comunica no seu vídeo oficial de unboxing como nas especificações das câmaras traseiras. A própria integração da S-Pen revela-se confusa e uma esperança de que este Fold, e este S21 Ultra sejam um Note. Mas, reparem, para terem uma S-Pen Fold Edition têm de adquirir na pré-reserva, caso contrário terão de a pagar à parte, juntamente com a capa para a armazenar com o telemóvel. Se quiserem a S-Pen Pro têm de a comprar e a capa feita para a Fold Edition nem é compatível com a S-Pro e o utilizado tem de a guardar “fora” do telemóvel. Quem pensou nisto?

A bateria menor também não ajuda, e se falamos de um Fold com dois ecrãs, o mais certo é o utilizador andar com uma powerbank atrás.

Samsung Unpacked de agosto de 2021

Com preços em Portugal a começar nos 1859.9€ para o Z Fold 3 e 1099,90€ para o Flip 3, estes dobráveis colocam e deixam a antever “Unpackes de agosto” para os entusiastas da tecnologia e com possibilidade de despender estes valores. E, sem tirar mérito, mas estes Fold estão deslumbrantes. Têm uma experiência aprimorada e onde a produtividade e criatividade são chaves. Se aliarmos estes elementos a uma One UI 3 afinada para ecrãs dobráveis, encontramos o compromisso da Samsung na excelência e detalhe.  

O mesmo para os relógios que, a partir deste ano, contam com a One UI Watch desenvolvida em parceria com a Google. E, honestamente, estou deveras entusiasmado. Não somente pelo produto em si (e inovações), mas por termos finalmente a Samsung comprometida com a personalização e oferecer aos utilizadores diversos tipos de bracelete e altamente personalizáveis no seu site oficial (sim, em Portugal também). Isto, aos meus olhos, revela o compromisso da marca. Da sua procura em ir (cada vez mais) ao encontro do utilizador e de competir com a empresa de Cupertino na atenção dada aos detalhes e acessórios oficiais de qualidade.

Sei que temos ainda dispositivos populares da linha A da Samsung e a famosa linha FE iniciada o ano passado com o S20 FE. Porém, com a crise de semicondutores, um S21 FE poderá ficar comprometido em volume de disponibilidade e fazer com que a empresa tenha de andar mais da perna para apanhar a sua concorrente direta no Android (a Xiaomi) por um lugar no pódio de smartphones. Mas honestamente, nem é disso que este artigo se baseia só, mas sim na inércia que a empresa manteve nestes últimos anos e que custou, em parte, a sua criatividade, ousadia, desenvolvimento e “inovação acessível”.

Tags: OpiniãoTecnologia
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