As águas da costa oeste da Florida contam agora com um veículo marítimo de superfície não tripulado que integra um programa para ajudar a entender e prever a intensidade dos furações.
A notícia foi dada em nota enviada à imprensa pela própria empresa proprietária dos drones, a Saildrone.
O veículo consegue atravessar a parede do “olho de um furacão” e superar ondas que podem ter até 15 metros de altura, para transmitir dados meteorológicos e oceanográficos em tempo real, permitindo perceber como os ciclones se intensificam no Atlântico e no Golfo do México e ter uma visão mais aprofundada da formação destas tempestades que deixam um enorme rasto de destruição. O programa é realizado em colaboração com a Agência Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA).
O lançamento que ocorreu na semana passada vem no seguimento da segunda missão anual, na cidade costeira de St. Petersburgo. A NOAA Research utiliza, posteriormente, os dados recolhidos por estes drones para melhorar os modelos de previsão de furacões.
A Saildrone já lançou sete drones para o estudo da atmosfera, cinco em águas atlânticas da cidade de Jacksonville, na costa leste da Florida, e Ilhas Virgens americanas.
Os Saildrones também se vão coordenar com o sistema de pequenas aeronaves não tripuladas (sUAS), o Altius-600. Os drones Altius-600 vão ser implantados em furacões pela primeira vez a partir da aeronave Hurricane Hunter da NOAA para recolher amostras da atmosfera várias centenas de metros acima da superfície do oceano.
Apesar da bacia do Atlântico ter permanecido relativamente calma nestes primeiros dois meses da temporada de furacões, a NOOA alerta que ainda é expectável uma fase de furacões bastante intensa e que as populações se devem preparar para tempestades ainda mais fortes das que normalmente se verificam. A atualização da NOAA para a temporada de deste ano vai até 30 de novembro e prevê 14 a 20 tempestades com ventos até 119 quilómetros por hora, das quais entre seis a dez podem vir a resultar em furacões.