Vou ser sincero: só ao escrever conteúdo para o UPDATED me dei conta da existência da marca Urbanista e, se não estou sozinho, preciso de fazer esta introdução. De contar-vos que esta marca é, na verdade, europeia, e nasceu em 2010, na Suécia. A empresa especializou-se em diversos equipamentos de áudio.
Com isto surgiu a oportunidade de testar e rever os seus mais recentes headphones, os Los Angeles e que oferecem algo deveras inovador!
Urbanista Los Angeles
Amante do cancelamento de ruídos oferecidos pela Sony na sua gama de produtos sem fios com os famosos WF-1000XM3, este produto da marca nipónica nunca me deixou usá-lo no computador, revelando-se limitado num aspeto crucial na hora de trabalho. Foi assim, desde logo, que o meu entusiasmo aumento com os Los Angeles, visto que os conseguiria usar em ambientes de trabalho diferentes e de ter uma experiência de cancelamento de ruído superior. Não só pelo produto em si, mas pelo simples e lógico facto de serem headphones.
O Design
Tudo começa com esta palavra que se espelha num produto bem construído e com almofadas, não só confortáveis, mas em pele e bastantes suaves na pele. Envolvem naturalmente toda a orelha e circundante, criando uma atmosfera isolante. Algo que ajuda, não só pela capacidade de alterar o comprimento dos headphones como em outras marcas, mas pela forte fixação dos headphones à cabeça.
Apesar de isto gerar uma experiência confortável, importa dar-vos a perspetiva de alguém como eu, que tem óculos. É neste ponto que, e usando óculos de massa, que usar os headphones após longos períodos se torna mais desconfortável, sendo necessário, após umas horas, retirá-los para dar algum alívio. Seria interessante a marca usar, talvez, uma esponja com memória de forma para ajudar a aliviar este ponto. Até porque, sejamos sinceros, estes headphones pedem, e gritam, para que estejam sempre em uso!
O que oferece os Los Angeles?
Com uma aplicação deveras simples e direta, o Urbanista Los Angeles não só oferece o básico para o seu preço de 199€ com um modelo de som standart, active noise cancellation e ambient sound, como permite, pela sua banda, estar sempre a carregar. Sim, leram bem: sempre a carregar.
Este modelo destaca-se por ser o primeiro do mundo com uma banda desenvolvida com material de célula solar da Exeger Powerfoyle. No início estava cético da praticidade desta tecnologia, o certo é que tendo os headphones vindo com uma carga de 67%, desde que os estou a usar – o que incluiu uma sessão de mais de três horas a escrever num Starbucks – estes perderam somente 7% da sua carga. Tudo isto enquanto os usava e estes absorviam e carregavam por meio da luz, não só direta do sol, mas também da luz de ambiente do espaço.
Pelas informações vinculadas pela marca ao consumidor, é esperada uma carga máxima em ambientes de céu limpo ou com nuvens, um carregamento médio em dias nublados ou com exposição solar através de uma janela, e a capacidade ainda de carregar, ainda que com uma potência inferior, em ambientes com luz artificial. Impressionante, não?
Não obstante esta tecnologia, contamos com a presença de uma bateria com reserva para 80h, deteção de orelha para pausar ou retomar a música quando tiramos ou colocamos o produto, suporte à Siri e Google Assistant, Bluetooth 5.0 e um tempo virtual infinito de reprodução pela capacidade de estar sempre a carregar. Isto é acompanhado de uma experiência de unboxing minimalista e já próprio destes produtos e nesta faixa de preço, com a oferta de uma bolsa de proteção em pele e da cor do produto.
O som
Importa, claro, referir a qualidade de som capaz deste produto e, apesar de o isolamento ser excelente e dificultar a audição de vozes, mesmo no modo de som ambiente, que me parece, na verdade, bastante igual ao modo de ANC, é um prazer ouvir música. O som facilmente envolve toda a área envolve do ouvido, criando uma experiência surround prazerosa. Os níveis de bass são extremamente agradáveis e com uma boa capacidade de harmonizar a música e oferecer ritmo que é palpável pelo diafragma no equipamento. As vozes são bem destacadas sendo facilmente percecionadas aquando de um vídeo no YouTube, por exemplo.
Em suma…
Conjugando o som que oferece e uma aplicação que facilmente nos indica o que é gasto e a carga que estamos a receber pela luz do meio onde estamos, o valor pedido pela marca parece-me, honestamente, deveras justo. Em especial para quem está longas horas com o produto e o terá sempre a carregado/carregado. Até pela própria facilidade de, quando não estar em uso, este ao ser colocado no pescoço, por exemplo, continuar em carga. Algo que fiz muito, ou até no café, onde para descansar a zona da orelha, os metia dentro da bolsa voltados para a janela.
Apesar de ter ficado fã, espero que a aplicação consiga ganhar um design, para mim, mais apelativo. Também será bom de ver o nosso idioma chegar à mesma, algo que não acontece, estando a interface em inglês. O certo é que a mesma funciona e é extremamente direta e simples, como indiquei. Neste ponto acaba por ser o ideal e acertado, visto que dá ao consumidor a perceção clara do estado de carregamento mediante as condições luminosas.
Para além da venda no site oficial por 199€, podem encontrar os Los Angeles no site da Fnac e da Worten pelo preço de 199.99€