A comunicação exterior de Lisboa vai passar a ser totalmente digital. Num artigo do Diário de Notícias lê-se que a autarquia lisboa assinou um contrato com a empresa JCDecaux para renovação e exploração dos espaços publicitários.
Philippe Infante, diretor-geral da empresa, acredita que os painéis digitais são o futuro, mas, curiosamente, este contrato passa por uma redução do número de mupis e outdoors na cidade: “segundo o nosso caderno de encargos, vamos ter 24% de redução dos [painéis de] dois metros quadrados e 58% de redução do grande formato [outdoors]. Vamos ter uma cidade com menos ativos, mas vai ser a mais digitalizada do mundo”, indicou, notando que: “vamos ter 250 mupis digitais, incluindo os abrigos”, como paragens de autocarros, “e 125 grandes formatos digitais, o que dá um total de 375 ecrãs na cidade”.
Estes suportes, que já se encontram nos grandes centros comerciais e nos aeroportos, por exemplo, permitem a utilização de ferramentas digitais, como medição de audiências e integração com outras plataformas.
Fazendo as contas, dentro de aproximadamente um ano Lisboa vai ter cerca de seis ecrãs animados por cada dez mil habitantes (mais do que Londres, uma das cidades mais digitalizadas da Europa que, segundo a JCDecaux, tem um rácio de 2,15 ecrãs digitais por 10 000 habitantes). No Porto vão estar instalados 60 ecrãs deste género, todos ligados a uma rede comum.
Com a novidade, a margem de erro reduz-se substancialmente, uma vez que passa a ser possível automatizar toda a campanha, de forma a mostrar nos ecrãs as imagens certas nos tempos e locais exatos para o objetivo pretendido, adaptando-os e modificando-os consoante o contexto real e tornando a mensagem mais apelativa.
Imagine-se, por exemplo, o que um dia de chuva implica de diferente nos nossos hábitos, ou como a mensagem pode ser adaptada às zonas de passeios ribeirinhos, por exemplo.