Portugal é o sexto melhor país para trabalho remoto, embora haja áreas específicas onde ainda pode melhorar, como por exemplo os preços e a qualidade do acesso à internet. A conclusão é da mais recente edição do Índice Global de Trabalho Remoto (Global Remote Work Index – GRWI), da empresa de cibersegurança NordLayer, partilhada em nota de imprensa.
Este relatório surgiu pela primeira vez em 2022 com o propósito de revelar os melhores e piores países para se trabalhar remotamente, de acordo com quatro critérios: segurança cibernética, condições económicas, infraestruturas digital e física, e condições sociais. O trabalho avaliou este ano 108 países, em comparação com os 66 países analisados no ano passado.
A lista dos 10 melhores países para trabalho remoto de acordo com os dados deste ano são: Dinamarca, Países Baixos, Alemanha, Espanha, Suécia, Portugal, Estónia, Lituánia, Irlanda e Eslováquia.
De acordo com os dados, que se basearam em quatro critérios, Portugal, no que se refere à cibersegurança, apresenta um bom desempenho (18º), enquanto a sua infraestrutura de cibersegurança é a principal área para futuras melhorias (15º). Em termos de condições económicas apresenta-se especialmente bem (8º), sendo a única desvantagem o seu custo de vida relativamente elevado (56º). No que diz respeito às infraestruturas digitais e físicas, Portugal tem um bom desempenho (23º) mas é prejudicado por uma infraestrutura eletrónica apenas razoável (43º). Além disso, a Internet é bastante cara (34º) e de qualidade mediana (20º). No entanto, Portugal apresenta uma excelente classificação nas condições sociais (7º).
Os quatro critérios a ter em conta foram: cibersegurança – infraestrutura, capacidade de resposta e medidas legais; condições económicas – atratividade turística, proficiência na língua inglesa, custo de vida e cuidados de saúde; na infraestruturas digital e física – qualidade e acessibilidade da internet, infraestrutura eletrónica, governo digital (e-government) e infraestrutura física; e nas condições sociais – direitos pessoais, inclusão e segurança.
No respeitante à cibersegurança, tanto os Países Baixos como Portugal são extremamente semelhantes nas categorias de infraestrutura. Já nas condições económicas, existe uma concorrência forte, com Portugal a ganhar significativamente em termos de custo de vida e os Países Baixos a assumirem a liderança em atratividade turística, proficiência na língua inglesa e cuidados de saúde.