A PayPal está a demitir desde o início do mês 2.000 funcionários, ou cerca de 7% da sua força de trabalho. A notícia pode ler-se na CNBC.
O presidente e CEO da empresa, Dan Schulman, afirma que a PayPal está a trabalhar para lidar com o “ambiente macroeconómico desafiador”, enquanto a empresa se está a concentrar em recursos e prioridades centrais, redimensionando a sua estrutura de custos, onde são “inevitáveis” alguns despedimentos.
“A mudança pode ser difícil – principalmente quando inclui a saída de colegas e amigos valiosos”, escreveu Schulman sobre as demissões. “Enfrentaremos isso juntos, aproveitando a escala incomparável da nossa plataforma global, os investimentos estratégicos que fizemos para fortalecer as nossas melhores capacidades e a confiança e lealdade dos nossos clientes”.
A notícia de demissões na PayPal é mais uma de cortes de empregos na indústria da tecnologia, uma vez que a Workday também anunciou planos para cortar 525 empregos ao longo de fevereiro.
No seu relatório do último trimestre do ano passado, a PayPal superou as expectativas de lucros e receita, mas as ações caíram, uma vez que os números ficaram aquém das expectativas dos analistas. No entanto, a CFO interina Gabrielle Rabinovich falou com entusiasmo sobre as projeções da empresa para 2023.
“Estamos a lidar com um ambiente no qual continuamos a ter pressões inflacionárias, em que o crescimento dos salários reais continuará negativo por um período de tempo, em que os gastos discricionários estarão sob pressão”, disse Rabinovich. “Estamos a navegar nesse ambiente da melhor maneira possível e acreditamos no crescimento da receita”.
De salientar que a gigante global de pagamentos detém uma parte significativa dos seus passivos financeiros em criptomoedas como a bitcoin, que também são oferecidos aos clientes. Até 31 de dezembro de 2022, a empresa detinha um total de 604 milhões de euros em vários criptoativos, incluindo também ether, litecoin e bitcoin cash.