Um computador é muito mais do que um caixote elétrico. É uma máquina construída com um conjunto de componentes construídos e preparados ao pormenor para que tudo funcione de forma fluída, sem que o seu utilizador imagine sequer o que se passa lá dentro.
Dois dos componentes principais destes sistemas são o CPU (Unidade de Processamento Central) e o GPU (Unidade de Processamento Gráfico).
O funcionamento destes componentes pode inicialmente parecer um bicho de 7 cabeças para o comum mortal, o que é bem verdade ao nível microscópico, mas que pode ser simplificado se estivermos apenas a descrever as funcionalidades principais destes elementos.
O que é o CPU?
É apelidado de “o cérebro do computador” e normalmente denominado de “processador”. O CPU é constituído por milhões de transístores, podendo ter múltiplos núcleos mas em pequena quantidade, sendo que um computador de utilização normal poderá ter até 16 núcleos.
Ao longo do tempo, com a evolução dos computadores, foi aumentado também o número de transístores presentes na unidade de processamento, sendo que o processador é atualmente a base do computador, sendo que é através deste componente que o sistema executa os comandos e os processos necessários para o sistema operativo e para o computador no geral.
E o GPU?
É normalmente conhecido por “placa gráfica”, o que não é de todo verdade. O GPU é sim uma parte integrante da Placa Gráfica, mas esta é constituída por mais elementos para além do GPU.
O GPU é um processador constituído por núcleos mais pequenos e mais especializados que o CPU, podendo ter até centenas ou milhares de núcleos. Para além disto, o GPU dispõe de uma capacidade de processamento com melhor performance do que o CPU, uma vez que as tarefas podem ser divididas entre diversos núcleos, permitindo assim distribuir a disponibilidade.
Qual a diferença entre o CPU e o GPU?
Apesar de terem muito em comum, a diferença entre estas duas unidades de processamento reside principalmente na forma como tratam os processos que têm em “mãos”.
O CPU está preparado para uma grande diversidade de processos, especialmente processos que requerem baixa latência, ou seja, tarefas que necessitam de ser executadas rapidamente e podem ser executadas individualmente por cada núcleo. Estas tarefas são normalmente as que mais utilizamos no dia a dia, como por exemplo executar o sistema operativo, correr programas como o browser, efetuar downloads, etc…
Já o GPU foi inicialmente construído com o objetivo de acelerar tarefas de renderização em 3D, tendo evoluído ao longo do tempo, sendo agora mais flexível, e utilizado principalmente como uma parte fundamental do gaming e da renderização em vídeo, mas também bastante necessário no “treino” de algoritmos de Inteligência Artificial e na mineração de criptomoedas, uma vez que estes são processos que requerem uma utilização intensiva e prolongada de poder de processamento.