A Inteligência Artificial (IA) é frequentemente vista como algo do futuro distante, especialmente quando se fala em Inteligência Artificial Geral (AGI), uma máquina capaz de pensar e agir como um humano. No entanto, a realidade é que a IA já é uma parte integrante do nosso presente e será ainda mais prevalente num futuro próximo.
Recentemente, Jensen Huang, CEO da Nvidia, fez uma previsão ousada numa entrevista para a TechCrunch. Ele acredita que, se definirmos a AGI de forma muito específica, como um conjunto de testes em que um programa de software pode funcionar muito bem (talvez 8% melhor do que a maioria das pessoas), poderemos alcançá-la dentro de cinco anos.
A IA atual é capaz de executar tarefas específicas com precisão, como detetar falhas, analisar ou criar imagens, resumir textos e notícias, criar código, entre outras ações, sempre sob um treino externo. No entanto, uma AGI deveria ser capaz de realizar múltiplas tarefas a níveis humanos ou superiores, aprendendo sem a necessidade de treino externo.
Huang acredita que a chave para alcançar a AGI está na forma como a definimos. Ele sugere que as provas poderiam ser aprovar um exame de direito, fazer exercícios de lógica ou entregar com precisão um exame de medicina. Precisamos ser específicos sobre o que significa uma AGI e o que esperamos que ela consiga fazer para avaliar se atingiu ou não esse objetivo.
Além disso, Huang também abordou a questão das “alucinações” da IA atual, referindo-se à tendência de alguns chatbots inventarem respostas que soam credíveis, mas que não são baseadas em factos. Ele acredita que isso é mais fácil de resolver do que parece, bastando garantir que as respostas estejam bem investigadas.
Na minha opinião, é essencial que continuemos a discutir e a definir claramente o que esperamos da AGI e como podemos garantir que ela seja usada de forma responsável. A IA tem o potencial de transformar muitos aspetos da nossa sociedade, mas também devemos estar cientes dos possíveis riscos e trabalhar para minimizá-los.
Fonte: Techcrunch