O novo coronavírus não tem dado tréguas à população mundial desde que, em dezembro de 2019, se começou a espalhar em Wuhan, na China. A vacinação tem trazido um novo alento à população em 2021, que cada vez mais se tem protegido face à doença da COVID-19, causada pelo vírus SARS-CoV-2.
No entanto, o próprio vírus continua a desenvolver-se e promete estar cá para ficar. Uma nova variante do SARS-CoV-2 foi detetada na África do Sul. A variante C.1.2, inicialmente detetada no país sul-africano, terá já chegado a Portugal.
Segundo o estudo publicado na plataforma MedRXIV, a nova variante do novo coronavírus descende da variante C.1 e foi detetada pela primeira vez em maio deste ano, precisamente na África do Sul. A preocupação em torno da variante C.1.2 prende-se com a forma como se alastrou rapidamente a países como a Inglaterra e a China apenas um mês depois de ser detetada.
Entretanto, a variante C.1.2 foi detetada também em Portugal, Suíça, Nova Zelândia, República Democrática do Congo e Maurícia.
A investigação levada a cabo pelo Instituto Nacional de Doenças Transmissíveis da África do Sul e pela Plataforma de Inovação e Sequenciamento de Pesquisa KwaZulu-Natal conclui que a variante C.1.2 sofreu uma mutação substancial face à variante C.1, apontando-se para uma taxa de mutação de 41,8 mutações por ano.
Os níveis de transmissibilidade da variante C.1.2 são também preocupantes, segundo o recente estudo. A fonte repara que o C.1.2 apresentava em maio um genoma sequencial de 0,2%, que subiu para 1,6% em julho e 2% em agosto, apresentando uma evolução muito semelhante à das variantes Beta e Delta, o que poderá fazer soar os alarmes das autoridades de saúde mundiais.