A NASA e a Agência Espacial Europeia (ESA) estão a trabalhar na eventual criação de uma nova estação espacial na órbita lunar e nesta fase de testes usaram o monte Etna, em Itália, como cenário de simulações para os robôs.
O objetivo é testar como se comportam os aparelhos que vão participar na implantação da Lunar Gateway, que surge de uma parceria da ESA com a NASA e as agências espaciais do Canadá e do Japão, e que deverá começar a orbitar o satélite natural em 2024.
As imagens divulgadas mostram os robôs numa simulação coordenada pelo Centro Aeroespacial da Alemanha em testes que vão decorrer até ao próximo dia 9. O local foi escolhido porque, assim como a Lua, possui uma superfície granular e moldada por lava. Durante o exercício, o astronauta da ESA Thomas Reiter controla os veículos – que foram colocados a 2,6 mil metros de altitude – a partir de Catânia, a 23 quilómetros de distância, simulando a situação que os ocupantes da Gateway vão encontrar.
Cada um tem uma função: enquanto o LRU1 avalia o solo com as suas câmaras, o LRU2 recolhe amostras da superfície e realiza a análise do material, vaporizando-o e detetando os elementos presentes no plasma resultante. O drone, por sua vez, realiza o mapeamento da área.
O LRU2 possui um detalhe particular: conta com uma mão robótica capaz de agarrar rochas do tamanho de uma bola de beisebol e fornecer feedback tátil aos cientistas. Usando a tecnologia na Lua, os investigadores vão conseguir perceber a textura das rochas do satélite.
No vulcão italiano foram testados diferentes cenários. Nalguns deles, os robôs lunares funcionavam de maneira independente, enquanto noutros eram controlados a partir de uma estação espacial simulada. Durante parte das experiências, os robôs tinham a missão de montar um observatório astronómico simulado nas encostas do Monte Etna, como se fosse o lado obscuro da Lua.