O Firefox, que outrora fora a escolha da maioria dos utilizadores de Internet, perdeu relevo com a chegada do Chrome, e agora aponta-lhe o dedo, tal como ao Edge e ao Safari, particularmente em relação às suas práticas e à posição que ocupam nos sistemas operativos das empresas proprietárias.
A decisão da Microsoft em abandonar o desenvolvimento do Edge como motor de browser próprio em detrimento do Chromium, marcou muito a Internet. Com esta mudança, o controlo destes navegadores ficou na quase totalidade nas mãos da Google, o que não foi bem recebido pela Mozilla.
A criadora do Firefox tem lutado para um desenvolvimento mais livre e menos controlado por forma a que existam mais propostas e alternativas simples e, para tornar pública a sua posição, voltou a criar um relatório chamado “Five Walled Gardens” onde pretende mostrar como os browsers são essenciais para a Internet e como os sistemas operativos os estão a condicionar. No documento, também a Google, a Microsoft e a Apple são visadas, em especial pelas suas práticas. Estes browsers, ao estarem nos seus sistemas operativos, condicionam as escolhas dos utilizadores, mesmo que de forma indireta, e ainda é levantada a questão da recolha dos dados dos utilizadores por parte da Google, Microsoft e até da Apple.
Outra questão que é apresentada vem do abrandamento dos desenvolvimentos. Com apenas um motor concorrente ao Gekko da Mozilla, a Google consegue definir os seus prazos e o seu ritmo, o que impacta depois nos utilizadores do Chrome, do Edge e até do Safari, indiretamente.
A Mozilla quer tentar inverter o que parece ser um domínio total destas empresas e ainda ressalva que os utilizadores têm pouca escolha nestes cenários padronizados que existem hoje em dia e é bastante difícil fazerem a integração dos valores de origem para outro navegador.
Fonte: Phone World