A Comissão Federal do Comércio dos Estados Unidos (FTC), apresentou, no início deste mês, um processo legal para tentar bloquear a aquisição da Activision Blizzard pela Microsoft – um negócio de cerca de 68 mil milhões de euros, sob argumento de que este poderá “sufocar a competição” através das consolas, serviços de subscrição e cloud gaming.
Os reguladores manifestaram também a sua preocupação sobre o enfraquecimento da PlayStation na competição no mercado dos videojogos, se o Microsoft detiver por completo o “Call of Duty”.
A Microsoft e a Activision não ficaram satisfeitas com esta avaliação e contra-argumentam que a aquisição seria positiva para o mercado e para os consumidores, tornando Call of Duty mais disponível.
Ambas as empresas são da opinião que a aquisição de um único jogo, pela empresa que está em terceiro lugar no mercado, não transforma totalmente uma indústria altamente competitiva, principalmente depois de já ter ficado claro que “Call of Duty” não vai ser um exclusivo.
“O facto de a concorrência dominante da Xbox ter recusado a proposta, não justifica o bloqueio de uma aquisição que beneficiaria os consumidores. Disponibilizar aos consumidores conteúdos de alta qualidade em mais do que uma forma, a baixos preços, são características que a lei do comércio deveria promover, não impedir”, disse a Microsoft à CNBC.
Em outubro, Phil Spencer, CEO da unidade de jogos da Microsoft, disse que a Microsoft se comprometeu a trazer os jogos “Call of Duty”, da Activision Blizzard, para as consolas da Nintendo por uma década e manter os jogos na loja Steam, da Valve. A Microsoft também se ofereceu para assinar um contrato de 10 anos com a Sony para lançar jogos “Call of Duty” na PlayStation no mesmo dia em que chegassem à Xbox. “A Sony recusa-se a negociar”, lamentou a Microsoft.
A Activision Blizzard não disponibilizou os seus novos jogos através de serviços de assinatura, como o Game Pass da Microsoft, e a aquisição tornaria os jogos da Activision Blizzard mais acessíveis, acredita a Microsoft.
Fonte: CNBC