O pioneiro dos videojogos, John Carmack, renunciou ao cargo de consultor na Meta com “sentimentos confusos” sobre “o fim do contrato na realidade virtual”.
Carmack tem acompanhado os milhões gastos em tecnologia de realidade virtual pela empresa, mas tem questionado os valores e a competência da Meta neste campo, dizendo que a empresa tem “uma quantidade enorme de pessoas e recursos, mas estamos constantemente a sabotar-nos e a desperdiçar esforços”.
“Foi uma luta para mim”, escreveu Carmack. “Eu tenho uma posição relevante aqui, por isso sinto que deveria ser capaz de levar esta área para a frente, mas claramente não sou convincente o suficiente”.
Carmack é conhecido pelo seu trabalho no desenvolvimento de Wolfenstein 3D e Quake and Doom, e foi co-fundador da empresa de videojogos id Software. Foi um dos primeiros defensores da realidade virtual e achava natural, face ao seu percurso, ir apontando os melhores caminhos a seguir pela Meta. “Temos um longo caminho de melhoramentos a percorrer”, afirmou.
“Produtos de sucesso tornam o mundo um lugar melhor”, disse Cormack. “Tudo poderia ter acontecido um pouco mais rapidamente e tudo deveria funcionar melhor se decisões diferentes tivessem sido tomadas, mas construímos algo muito próximo da coisa certa”.
Carmack ainda acredita que a Meta é a melhor empresa para integrar a tecnologia VR ao mainstream. O CEO Mark Zuckerberg continua apostado em implementar o Metaverso, mesmo depois das advertências de que esse investimento terá um custo ainda incalculável.
De recordar que a Meta anunciou que vai demitir 11 mil funcionários até ao final deste ano, sendo estes os cortes de emprego mais significativos na história da gigante da tecnologia, justificados com o aumento da inflação, aumento das taxas de juros e os receios de uma recessão à escala global.
Fonte: CNN