O Instituto Português do Mar e da Atmosfera tem um novo sistema de supercomputação que lhe permite fazer previsões mais precisas.
Segundo nota enviada à imprensa, o equipamento tem milhares de processadores e promete multiplicar por 20 a capacidade atual da entidade, dando respostas “mais rápidas e fidedignas”, refere o presidente do IPMA, o geofísico Miguel Miranda, em declarações ao jornal Público.
O equipamento foi inaugurado pelo ministro da Economia e deverá melhorar significativamente a qualidade das previsões para a emissão de avisos meteorológicos, marítimos, aeronáuticos e índices meteorológicos de risco de incêndio. “Vai permitir melhor integração com os modelos globais, tanto no que diz respeito ao mar como no que se refere à atmosfera, e beneficiará do aumento da cobertura permitida pelos novos sensores e sistemas, possibilitando o alargamento do domínio geográfico operacional que passará a englobar Portugal Continental, área Atlântica adjacente e Arquipélago da Madeira, que representa a zona atlântica de responsabilidade nacional”, refere ainda a nota do IPMA.
O novo supercomputador vai conseguir, para já, correr modelos meteorológicos quatro vezes por dia e, no futuro, oito vezes por dia. Até agora, o IPMA corria todos os modelos meteorológicos duas vezes por dia e parte dos modelos quatro vezes.
O novo sistema, que deve ficar totalmente operacional ainda neste primeiro trimestre do ano, custou mais de um milhão de euros e foi financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência.
O Ministro do Mar acrescenta que este supercomputador foi a primeira ação a ser executada e se insere num plano maior para reforçar a rede colaborativa das tecnologias oceânicas, cujas outras componentes estão em curso respeitando as regras da contratação pública. Estão disponíveis 243 milhões de euros para a economia do mar, 87 dos quais para hubs azuis, ou seja, a criação de infraestruturas para o desenvolvimento sustentável do mar.