Após a notícia de que Nirmala Sitharaman, ministra das finanças da Índia, propôs três centros de excelência (CoEs) para inteligência artificial (IA) no Orçamento da União para 2023, Shri Charan Padala, Analista Principal da equipa de Inteligência Temática da GlobalData, considera que se iniciou uma “nova era no cenário tecnológico em rápida evolução da Índia. O governo demonstrou a sua postura proativa ao adotar tecnologias emergentes, como inteligência artificial (IA), ao anunciar estes três CoEs”.
Nos últimos anos, o governo tem impulsionado a adoção da IA para várias aplicações, incluindo identificação biométrica, reconhecimento facial, análise de pontos de acesso, investigações criminais, gerenciamento de tráfego e multidões, wearables de segurança para mulheres, otimização de receita florestal e agricultura digital.
Os AI CoEs vão concentrar-se principalmente na área da saúde. Usando IA, os profissionais médicos podem beneficiar de diagnósticos precisos e gestão personalizada de pacientes, enquanto as tecnologias de processamento de linguagem natural (NLP) podem classificar a documentação médica e automatizar várias tarefas administrativas.
“Um próspero ecossistema de startups traz inúmeros benefícios para um país, incluindo criação de empregos, inovação, crescimento económico e aumento do investimento estrangeiro direto”, considera Padala.
Entretanto, os Estados Unidos e a Índia também estão a agir para fortalecer a sua parceria na área de defesa com a ajuda da tecnologia e da IA.
De acordo com as estatísticas mais recentes do governo, a Índia abriga 1.900 startups de IA, e o Departamento de Promoção da Indústria e Comércio Interno reconheceu 4.500 startups em 56 setores diversificados que são empresas focadas em inovação que desenvolvem IA, a Internet das Coisas (IoT) e robótica.
Fonte: GlobalData