Apesar de inativo, o Internet Explorer pode continuar a ser a porta de entrada para ataques informáticos, “assombrando” instituições onde as atualizações não sejam frequentes. No News Update lê-se que sete anos após a estreia do Edge, o Internet Explorer, por muito ultrapassado que possa parecer, pode ainda deter mais de 0,5% do total da quota de mercado global dos browsers. Só nos Estados Unidos da América essa quota pode estar mais próxima dos 2%.
Após anos de inutilidade e um declínio acentuado neste último ano, o IE teve finalmente o seu fim, marcando um momento histórico para a Microsoft que vê “morrer” um dos seus produtos mais famosos. Lançado originalmente em 1995, durante quase 20 anos era o Internet Explorer que vinha pré-instalado em computadores Windows e, tal como aconteceu com o Windows XP, tornou-se num pilar dos PCs. Frequentemente, quando era altura de os utilizadores atualizarem e avançarem para browsers mais recentes, verificava-se que a maioria não o fazia.
Apesar do fim imposto pela gigante norte-americana na última semana deixar os utilizadores sem qualquer suporte para o navegador histórico, os investigadores de segurança alertam para o facto de as vulnerabilidades poderem deixar rasto durante largos anos.
Nos próximos meses, a Microsoft irá desativar a aplicação IE nos dispositivos Windows 10, guiando os utilizadores para o seu navegador Edge de próxima geração, lançado pela primeira vez em 2015. No entanto, o ícone do IE permanecerá nos computadores dos utilizadores, sendo que o Edge vai passar a incorporar um serviço chamado “modo IE” para preservar o acesso a antigos websites construídos para o Internet Explorer.
Para um produto que existe no mercado há tanto tempo como o IE, a retrocompatibilidade é algo difícil de alcançar. “Não nos podemos esquecer que algumas partes da web ainda dependem dos comportamentos e características específicas do Internet Explorer”, explicou Sean Lyndersay, o responsável da Microsoft Edge Enterprise.
Por outro lado, o responsável acrescentou que havia uma necessidade real de recomeçar com o Edge em vez de reanimar o Internet Explorer. “A Internet evoluiu e os navegadores também. As melhorias do Internet Explorer não conseguiram igualar as melhorias gerais da web em geral, por isso começámos tudo de novo”.
Depois de a Microsoft ter anunciado o fim oficial do suporte ao Internet Explorer, o programador de software Jung Ki-young madou fazer uma lápide em memória do navegador. O programador da Coreia do Sul colocou essa espécie de túmulo, que lhe custou quase 300 euros, no telhado do café do irmão, na cidade de Gyeongju. Na lápide podemos ver o ícone do Internet Explorer e ler que “foi uma boa ferramenta para descarregar outros navegadores”.