Os dados e a IA estão na base das novas ferramentas de sustentabilidade ambiental da Google. Esta revelação veio associada às novidades do Google Earth Engine, que está agora aberto a todos, e à suite Carbon Sense que foi alargada.
A Google pretende que o caminho para um futuro sustentável comece com as pequenas decisões que tomamos todos os dias e Justin Keeble, Managing Director de sustentabilidade na Google Cloud, reconhece que as organizações estão a ter alguma dificuldade em compreender como podem ser mais sustentáveis e tomar decisões que tenham um impacto positivo no ambiente. Assim, a tecnológica quer fornecer-lhes ferramentas e dados, integrando um conjunto de propostas de novas ferramentas, ou do alargamento de soluções já existentes, e novos dados que pretendem promover a sustentabilidade nas organizações.
Na semana passada a Google já tinha anunciado duas ferramentas de informação climática para o setor público com o Google Earth Engine. Estas ferramentas pretendem ajudar as instituições a compreender melhor os riscos para a infraestrutura e os recursos naturais devido às mudanças climáticas.
O Google Earth Engine foi lançado originalmente para cientistas e ONGs em 2010, e é agora aberto a todas as organizações, dando acesso a tecnologia de monitorização ambiental numa escala planetária e combinando dados de centenas de satélites e outras fontes com recursos de computação em cloud. O arquivo, que acumula mais de 50 anos de informação, é atualizado a cada 15 minutos.
Um novo programa piloto vai permitir também aos clientes da Google ter acesso a ferramentas que a tecnológica desenvolveu para as suas metas internas de sustentabilidade. Com acesso a dados históricos e em tempo real, e com informação regional e horária, os utilizadores podem ter uma visão clara do seu perfil de emissões de eletricidade.
A novidade é também a expansão da suite Carbon Sense, com novos dados e aumento da cobertura de relatórios para tornar mais fácil para arquitetos e administradores de cloud a sustentabilidade. A Google já tinha anunciado o Carbon Footprint para o Google Cloud para medir e reportar os impactos ambientais do uso da cloud, e pretende no próximo ano alargá-lo ao Google Workspace, permitindo fazer relatórios semelhantes para as emissões associadas a produtos como o Gmail, Meet, Docs e outros.