Empresas como a Amazon, Google e Microsoft, assim como alguns governos, estão a destruir os seus discos HDD ao invés de os reutilizar.
A opção é justificada com questões de segurança, mas tem merecido muitas críticas, uma vez que este é um dos componentes informáticos que pode mais facilmente ser reciclado. De recordar que o processo de destruição dos discos não é nada “amigo” do ambiente. Os discos rígidos são a opção escolhida em primeiro lugar por uma boa parte do utilizador comum, mas também por empresas poderosas e entidades governamentais – que não apagam os dados para os voltar a usar.
Apesar de ser uma forma eficaz de proteger os dados, a destruição dos discos HDD acaba por gerar uma grande quantidade de lixo eletrónico. Têm surgido notícias de que o processo de arquivo de dados na cloud deixa uma enorme pegada de carbono, mas a maioria das emissões de carbono relacionadas com produtos tecnológicos continuam a ser causadas durante o processo de fabrico e não durante a vida útil dos produtos. Uma equipa da Universidade do Wisconsin, descobriu que é o que acontece com, por exemplo, a utilização de drives SSD.
Ainda assim, outros relatórios indicam que cerca de 70% do hardware triturado é reciclado. Mas, a quantidade de carbono emitido durante o processo de reciclagem desses materiais, é a mesma que foi emitida durante o processo de fabrico original. Isto leva a uma duplicação do carbono emitido.
No mês passado, a Securities and Exchange Commission (SEC) dos Estados Unidos, multou a Morgan Stanley em cerca de 35 milhões de euros, por ter leiloado milhares de discos rígidos sem apagar os seus conteúdos, o que levou à divulgação de dados pessoais de milhões de clientes.
Apesar de não existirem evidências de que tivesse havido clientes prejudicados, muitas empresas (particularmente as que fornecem serviços de armazenamento na nuvem), não querem passar por uma situação semelhante.
Fonte: Hardware Slashdot