Funcionários da Meta criticam segunda ronda de demissões

Começou a segunda ronda de demissões na Meta. A decisão de Mark Zuckerberg, que deve afetar 10.000 funcionários, está a provocar uma onda de revolta entre os colegas que não poupam críticas ao CEO da Meta num fórum interno. “Mark destruiu a moral e a confiança na liderança”, lê-se no fórum a que o Insider teve acesso. “Por que razão deveríamos continuar a trabalhar na Meta?”, indignam-se.

A empresa-mãe do Instagram e do Facebook já tinha anunciado em abril que ia dar início a uma segunda ronda de demissões que levaria 10.000 funcionários a perderem os seus empregos. Algumas destas reações prendem-se com uma diretiva de Zuckerberg do ano passado, na qual dizia: “este é um período que exige mais intensidade e espero que façamos mais com menos recursos”.

A Meta iniciou as suas demissões em massa em novembro de 2022, cortando 13% da sua equipa. Alguns gerentes e diretores que permaneceram foram convidados a mudar para uma função com menos responsabilidades ou saírem da empresa, se assim o preferissem.

A equipa descreve que foi atingida pelos cortes como parte do chamado “Ano da Eficiência”. Os afetados incluem gerentes de programas técnicos, engenheiros de learning machines e investigadores de experiência do utilizador. No mês passado, o investidor do Vale do Silício, Keith Rabois, disse que a Google e a Meta contrataram em excesso milhares de funcionários que faziam “trabalho falso”.

“Todas essas pessoas eram estranhas, na verdade. A métrica de vaidade de contratar funcionários era um deus falso de certa forma”, disse Rabois.

Uma funcionária da Meta demitida na primeira ronda disse que a empresa lhe pagou para não trabalhar e estava “a acumular-nos como se fôssemos cartas de Pokémon”. Fontes da administração interna da empresa disseram ao Insider, que a segunda ronda de demissões da Meta está a afetar muito a moral dos funcionários.

“Eles estão constantemente a perguntar: “Há outra ronda a caminho? Eu sou o próximo?”, disse Kerry Sulkowicz, diretor administrativo do Boswell Group, que aconselha CEOs sobre questões culturais nos Recursos Humanos.

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