Tim Sweeney, CEO da Epic Games, despediu-se de 2022 a anunciar aos fãs que o Fortnite pode voltar a ficar disponível para iOS. Os utilizadores de iPhone deram conta da notícia numa publicação no Twitter, onde o fundador da empresa de jogos deixou a seguinte mensagem: “próximo ano no iOS”, num comentário à sua própria publicação com uma imagem que mostra uma personagem do popular jogo de battle royale no meio de fogo de artifício a comemorar a chegada do Ano Novo.
O anúncio surge enquanto decorre um processo judicial movido pela Epic Games contra a Apple. A empresa de jogos acusa a gigante de Cupertino de não respeitar as leis da concorrência ao impedir que as equipas de desenvolvimento utilizem os seus próprios sistemas de pagamento no sistema operacional do iPhone. Com esta restrição estão todos obrigados a pagar à Apple uma comissão de 30%.
Ao tentar implementar a sua própria solução de pagamentos no Fornite, a Epic Games foi bloqueada da loja de aplicações do iOS e macOS em agosto de 2020. Seguiu-se a Google também a eliminar o jogo mais popular da Epic Games da Play Store. A Epic Games contornou estes bloqueios, e o Fortnite acabou por ficar disponível para iOS através do GeForce NOW, a plataforma de streaming de jogos da NVIDIA.
A publicação suspeita que a Apple fará o possível para tornar as lojas de aplicações alternativas complicadas e difíceis de usar. Esta questão do pagamento das comissões que podem ir até 30% em compras de serviços feitas em apps para iOS tem sido tão conturbada que a União Europeia já preparou um conjunto de leis que pode acabar com esta política da big tech norte-americana.
A Apple defende-se e justifica que é totalmente contra esta prática porque o software de terceiros não é avaliado pela sua equipa de segurança podendo colocar os utilizadores em risco.
Seja como for, o regresso do Fortnite ao iOS, significa a conclusão de uma pesada saga de longa duração e cheia de problemas. No início desta década, a Epic foi uma das vozes que mais alto reclamou sobre a governança “indiscutivelmente monopolista” da App Store da Apple, exigindo, entre outros aspetos, o corte de receita de 30%.
Fonte: Mac World