Apesar de ter sido registado um aumento nas funções que exigem competências em Inteligência Artificial (IA) e de mais de 50% dos colaboradores acreditarem que esses conhecimentos serão essenciais para a sua função, apenas um em cada dez (13%) recebeu formação em IA no último ano, segundo o mais recente estudo da Randstadt Workmonitor Pulse Survey, com base em informações de anúncios de emprego e na opinião de mais de 7.000 colaboradores em todo o mundo.
Quase metade dos inquiridos (47%) revelaram entusiasmo com a perspetiva de ter IA no local de trabalho, uma postura mais comum do que a preocupação, que foi manifestada por dois em cada cinco colaboradores (39%). A pesquisa conclui que a maioria (52%) acredita que a Inteligência Artificial (IA) irá melhorar as suas perspetivas de progressão de carreira, ultrapassando largamente o receio de utilizar a tecnologia. A Geração Z classifica a aprendizagem e o desenvolvimento (23%) como o maior motivador não financeiro no trabalho.
A maioria dos inquiridos, 55%, mostram-se conscientes de que a aprendizagem e o desenvolvimento serão importantes para garantir o futuro da sua carreira. Um quinto dos profissionais, correspondente a 22%, gostariam que lhes fosse oferecida formação em IA nos próximos 12 meses, sendo esta a terceira oportunidade mais desejada, seguida de competências de liderança (24%) e de bem-estar e mindfulness (23%). Verifica-se, pois, uma lacuna significativa entre a formação que os colaboradores desejam e aquela que recebem.
A pesquisa concluiu ainda que quase 25% dos inquiridos declararam não ter recebido quaisquer oportunidades de aprendizagem e desenvolvimento nos últimos 12 meses e o número aumenta quando se consideram os operários (41%). Os mais jovens são também os que mais sentem essa falta.
“Percebemos que cada vez mais os empregadores procuram talento com competências em IA – a nossa própria análise dos anúncios de emprego revela um aumento de 2000% desde o primeiro trimestre”, destaca Isabel Roseiro, Diretora de Marketing e Comunicação da Randstad Portugal, em comunicado enviado à imprensa.
“A IA mostra um impacto profundo na produtividade e no desempenho geral no local de trabalho. As organizações bem-sucedidas serão aquelas que aproveitarem as oportunidades da IA”, conclui.