O Facebook, agora conhecido como Meta, é uma empresa que vive de dados mais especificamente, dos dados dos seus utilizadores. Esta afirmação pode parecer óbvia para muitos de nós, mas acredita-se que ainda existem pessoas que não têm plena consciência disso. A questão é que, cada vez mais, o Facebook está a encontrar dificuldades para aceder livremente aos dados dos seus utilizadores, devido ao seu histórico questionável de segurança e privacidade dos dados.
No passado, o Facebook enfrentou várias controvérsias, incluindo vazamentos de dados, falhas de segurança que permitiram o uso indevido das suas ferramentas de publicidade (lembra-se do escândalo da Cambridge Analytica?), e acusações de permitir e até incentivar preconceitos. Além disso, a empresa tem enfrentado pressões crescentes dos reguladores, com destaque para a União Europeia.
No entanto, o golpe mais significativo para a Meta veio da Apple. A gigante da tecnologia implementou no iOS 14.5 uma função de transparência no rastreamento de apps, que permitiu aos utilizadores terem mais controlo sobre os seus dados. Esta medida, embora benéfica para os utilizadores, foi bastante prejudicial para a Meta. A Google também está a trabalhar numa função semelhante para o Android, o que certamente não agrada ao Facebook.
Apesar de ainda ser a rede social mais utilizada, o Facebook viu o seu volume de utilizadores diminuir pela primeira vez na história em 2022. Com cada vez mais restrições para obter dados para o seu negócio, a empresa encontrou uma nova fonte de dados: o histórico de links. A aplicação do Facebook para Android e iOS agora guarda um histórico de todos os links acedidos a partir da app.
A Meta utiliza estes dados para oferecer uma experiência de uso (publicidade) mais personalizada. Segundo a página de informação da empresa, os links ficam guardados neste histórico por um período que varia de acordo com a região. Nos Estados Unidos, por exemplo, os links são guardados por 90 dias. O mais importante a saber sobre esta nova função é que ela é ativada por padrão para os utilizadores do Facebook. No entanto, é possível (e recomendável) desativá-la seguindo as instruções fornecidas na página de informação sobre esta nova função.
Embora a empresa afirme que esta função serve para melhorar a experiência do utilizador, é importante lembrar que os utilizadores têm o direito de controlar os seus próprios dados. Portanto, é recomendável que os utilizadores do Facebook se informem sobre esta nova função e considerem desativá-la se sentirem que a sua privacidade pode estar em risco.











