Um grupo de cientistas conseguiu criar um robô que pode mutar-se entre o estado sólido e líquido. A notícia é do Science Alert.
A criação parece-se com o androide T-1000 da saga “Exterminador Implacável” e resulta do trabalho de vários meses dos investigadores da Universidade Chinesa de Hong Kong, em parceria com a Universidade Carnegie Mellon.
Esta comparação ainda é mais óbvia depois de os próprios cientistas terem recriado uma cena do filme ao colocar o pequeno robô atrás das grades de uma jaula com barras de ferro (disponível mais abaixo). O robô, semelhante a um boneco de lego, transformou-se numa fórmula líquida, passou entre as barras e voltou ao seu formato sólido e estruturado. A criação dos cientistas pode (e deseja-se), contudo, que não tenha propósitos bélicos, mas pode ser útil em áreas como montagem de dispositivos eletrónicos ou em aplicações médicas. Exemplo disso foi um dos desafios superados pelo robô e que passou por remover e entregar objetos no modelo de um estômago humano.
“Dar aos robôs a capacidade de alternar entre os estados líquido e sólido dá-lhes mais funcionalidade”, diz o engenheiro Chengfeng Pan, da Universidade Chinesa de Hong Kong, citado pelo Science Alert.
A explicação é que o robô foi desenvolvido através de micropartículas de um composto de neodímio-ferro-boro mescladas em gálio, um tipo de metal bastante macio à temperatura ambiente e capaz de se solidificar com facilidade. É possível derreter o gálio apenas segurando-o na mão. Os criadores incorporaram uma matriz de gálio com partículas magnéticas, criando o que chamam de “máquina de transição de fase sólido-líquido magnetoativa”.
Os robôs respondiam aos campos magnéticos por causa das micropartículas magnéticas nos seus corpos. Ao colocar os robôs dentro de um campo magnético alternado, os cientistas fazem com que eles se movam e até aqueçam, para que se liquefaçam.
A ideia é que o robô consiga “entrar num ambiente como um bloco sólido, liquefazer-se à volta de um objeto desconhecido, voltar ao estado sólido para capturá-lo e sair desse ambiente”, explicam os cientistas.
Medo…