A Rússia teve um contratempo na sua missão lunar. A espaçonave Luna-25 caiu na Lua dez dias depois após o lançamento a 10 de agosto”. O aparelho entrou em uma órbita imprevisível e deixou de existir como resultado de uma colisão com a superfície da Lua”, explicou a Roscosmos num comunicado. A organização inicialmente relatou o incidente como uma “situação anormal” antes de partilhar a notícia do acidente.
No momento, a Índia está prestes a tornar-se a primeira nação a pousar no polo sul da Lua, com uma missão programada para 23 de agosto. A missão Chandrayaan-2 inclui um módulo de pouso e um rover, e visa estudar a superfície lunar e a presença de água. Se a missão for bem-sucedida, será um grande marco tanto para a Índia como para a exploração espacial em geral.
A Índia não é a única que está a procurar explorar a Lua. A China já enviou duas missões lunares, com o mais recente pouso em janeiro desse ano. A agência espacial chinesa planeia enviar uma terceira missão para recolher amostras da Lua. Além disso, o país também está a trabalhar num plano para construir uma base lunar habitável na próxima década.
Luna-25 estava a ir para o pólo sul para encontrar gelo e passar um ano analisando como surgiu ali e se existia uma ligação com o aparecimento de água na Terra. Também foi definido para testar a tecnologia e examinar o regolito (o solo que cobre a rocha lunar). O plano era que permanecesse na órbita da lua durante cinco dias antes de pousar a 21 de agosto. A Luna-25 tirou uma série de imagens antes da queda, incluindo uma da cratera Zeeman, perto do polo sul da Lua.
As missões lunares são importantes por várias razões. Em primeiro lugar, a Lua é o corpo celeste mais próximo da Terra, e a sua exploração pode nos fornecer informações importantes sobre a formação do Sistema Solar e sobre a própria Terra. Além disso, a Lua tem recursos que podem ser usados para futuras missões espaciais, como o gelo no polo sul que pode ser usado para produzir combustível para foguetes.
No entanto, as missões lunares também apresentam desafios consideráveis. A distância da Terra para a lua é de milhares de km, o que significa que as espaçonaves precisam viajar grandes distâncias e suportar condições extremas. A gravidade da Lua é cerca de um sexto da gravidade da Terra, o que significa que a nave precisa ser projetada para lidar com essas diferenças gravitacionais.
Países de todo o mundo estão a preparar-se para as suas próprias missões lunares. Atualmente, os Estados Unidos planeiam que os humanos orbitem a Lua em 2024 e pousem nela em 2025. China, Japão, México, Canadá e Israel estão entre as outras nações com planos ativos de alcançar a Lua.