Recentemente, Mark Zuckerberg referiu que a sua empresa Facebook irá efetuar a transição de “rede social para metaverso”. Mas o que é que isto significa na prática?
O que é um metaverso?
De modo geral, um metaverso pode ser imaginado como uma espécie de internet incorporada, onde em vez de vermos o conteúdo, estaremos dentro dele, podendo desta forma experienciar aquilo que se passa dentro deste ambiente de uma maneira que seria impossível num ambiente 2D ou numa página web como a que estamos habituados.
Este termo é explorado com alguma profundidade em algumas obras literárias, como por exemplo o Snow Crash, de Neal Stephenson, ou até o Ready Player One, de Ernest Cline.
Tal como é descrito nos livros, os utilizadores de um metaverso estão presentes neste ambiente através de uma espécie de óculos de realidade virtual, sendo que neste mundo virtual os utilizadores podem comunicar entre si, e vaguear pelas cidades tal como no mundo real.
Transformar o Facebook num metaverso?
Qual será então o plano de Zuckerberg? Apesar de apenas recentemente Mark Zuckerberg ter referido ao The Verge o que pretende fazer com o Facebook, rumores acerca desta possibilidade já têm sido discutidos desde que a gigante norte-americana comprou a Oculus, uma das mais conhecidas empresas no mercado da realidade virtual.
Zuckerberg afirma que a principal forma de comunicação não deveria ser feita através dos telemóveis e tem como principal objetivo alterar a forma como tratamos estes dispositivos, desde que acordamos até nos deitarmos. Tendo isto em conta, pretende que até ao fim desta década seja possível utilizar os headsets de Realidade Virtual a tempo inteiro, em grande parte do dia a dia.
O que quererá isto dizer para a população em geral?
Imaginemos então um mundo virtual, através do qual seja possível comunicar com a restante população, tal como fazemos atualmente com os telemóveis, mas de uma forma ainda mais pessoal?
Parecem apenas boas notícias, mas tendo em conta que o Facebook poderá ser das únicas empresas com capacidade financeira e estrutural para desenvolver um projeto deste tamanho, aliado ainda à vantagem de serem os pioneiros neste desenvolvimento, podemos aguardar qual será o verdadeiro objetivo da empresa, uma vez que será difícil competir com a gigante liderada por Mark Zuckerberg e ainda mais difícil será a existência de diversos multiversos, ou seja, podemos esperar por mais um monopólio do Facebook?
A vantagem financeira que é possível obter através de um ambiente destes é ainda muito difícil de calcular, mas podemos imaginar que a colocação de publicidades personalizadas em realidade virtual ou até mesmo product placement atrairá e muito as empresas de marketing.