Não podemos negar que estamos a viver tempos complicados. Muitos assemelham até a um cenário de guerra, com milhares de mortes e doentes que ainda não sabem o seu destino.
Em 2020, vimos as nossas vidas darem uma volta de 180º e ficarem completamente de pernas para o ar. O stress de trabalhar em casa, evitar sair da própria casa, ajudar os filhos com as aulas online enquanto preparamos a nossa próxima reunião via Zoom, entre muitas outras tarefas que formos obrigados a fazer e que nunca tínhamos sequer sonhado que nos veríamos ser forçados a fazer. Este último ano surpreendeu-nos a todos e apanhou-nos bem desprevenidos.
Além disso, somos um ser intrisecamente comunicativo. Como Humanos que somos, procuramos muitas vezes o nosso bem estar emocional na socialização, no diálogo, na convivência em comunidade a que estamos tão habituados. A pandemia veio tirar-nos o que é o nosso bem mais precioso e que, de certa forma, nos torna um ser superior a todos os outros animais neste ínfimo planeta.
Como resultado de tudo o que 2020 nos trouxe, os nossos níveis de ansiedade começaram a aumentar à medida que a pandemia evoluiu, levando a uma deterioração da nossa saúde física e emocional.
Apesar de haver já uma luz ao fundo deste infinito túnel, que apareceu com o desenrolar dos planos de vacinação, esta é uma luz de esperança ainda distante e não sabemos se 2021 será ou não mais fácil do que 2020 no que diz respeito a nós mesmos.
Precisamos de aprender as lições que 2020 nos ensinou
O que é certo no meio disto tudo é que 2020 nos trouxe muitas lições de vida. Não só a nível pessoal mas mesmo a nível mundial. Como comunidade, não estávamos e continuamos a não estar preparados para enfrentar uma Pandemia. Não conseguimos derrotar facilmente um ínimigo invisivel que, aparentemente, ainda há que banalize e se recuse a acreditar.
Este último ano obrigou-nos a ser mais resilientes, a estarmos mais preparados para o desconhecido e a aceitá-lo. Aceitar que o amanhã é incerto e que tudo pode mudar drasticamente.
Assim, temos de aprender a encontrar a nossa felicidade independentemente do que a vida nos traga, a procurar sermos felizes mesmo que amanhã a vida vire e isso pareça impossível.
Ten Percent Happier
Este projeto nasceu depois de Dan Harris ter sofrido um ataque de pânico em direto na televisão. Um ataque de pânico não é algo bonito de se ver, nem é, também, algo que todos queiramos vivênciar. Assim, Harris sabia que tinha de fazer mudanças na sua vida se quisesse evitar que tal acontecimento se repetisse novamente. Juntou uma equipa e partiu à descoberta de uma solução para o seu problema que acabou por resultar num livro, 10% Happier: How I Tamed the Voice in My Head, Reduced Stress Without Losing My Edge, e Found Self-Help That Actually Works.
A solução pela qual tropeçou inumeras vezes e que, o mesmo número de vezes procurou evitar – a meditação – traz enormes beníficios cientificamente comprovados para a nossa saúde. A chave para o seu problema é já conhecida mas muitas vezes mal compreendida – mindfulness – e, o próprio Harris define-a como…
A capacidade de ver o que está a acontecer na sua mente a qualquer momento sem se deixar levar por isso.
A Ten Percent Happier procura mostrar que a felicidade não virá até nós pelo meio de necessidades materiais como “uma esposa e dois filhos, um cão, uma casa nos subúrbios, ou segurança financeira”. No entanto, deixa claro que esses acabam por ser pré-requisitos para construir a base para uma vida feliz. Mas é verdade que muitas pessoas percebem que fazem todas as coisas e conseguem todas as coisas, mas ainda assim não são felizes.
O objectivo da Ten Percent Happier trazer as práticas da atenção plena até às pessoas comuns, procurando conectar os pontos e fornecer conhecimento relacionável que as pessoas podem usar para melhorar as suas vidas.
A empresa conta com uma aplicação, um serviço e, ainda, um podcast que vão ajudar qualquer pessoa a encontrar a atenção plena e, a longo prazo, a felicidade.
A felicidade verdadeira e sustentável é um entendimento profundo de que, independentemente do que o mundo lhe traga, que você está bem e pode ter compaixão de si mesmo e dos outros e existir naquele momento. – Ben Rubin
Assim, a aplicação Ten Percent Happier contém vários blocos de “sabedoria relacionável” com duração de 10 a 15 minutos. Cada um começa com Harris a conversar com um professor de medicação sobre um tópico universal – como procurar a felicidade, por exemplo – seguido de 5 a 10 minutos de meditação com esse mesmo professor.
Se estiveres meio na dúvida sobre este caminho, podes optar por começar a tua jornada com o podcast Ten Percent Happier, que é grátis e permite-te aprender sobre o processo.
Coa – Um “Ginásio” para a Saúde Mental
A falta de ligação humano-humano a que 2020 nos obrigou levou a problemas relacionados com a nossa saúde mental. E, apesar de um aplicação de mindfulness no nosso smartphone possa ajudar a melhorá-la, há certas necessidades que não consegue satisfazer. Já o Coa, fornece aulas de fitness emocional, interativas e lideradas por um verdadeiro terapeuta.
Coa foi fundado por Alexa Meyer e pela psicóloga clínica Dr. Emily Anhalt e é a abreviação “coalesce” que sinirifica “cercer juntos”. O projecto tem como objetivo principal tratar a saúde mental da mesma forma que se trata a saúde física – praticando, praticando e praticando. Com data de lançamento oficial para 10 de fevereiro, terá uma série de aulas de 8 semanas pelo valor de US$30 cada. A aulas são todas online até se tornar seguro fazê-las de forma presencial, momento em que deverão ser realizadas em Nova York e São Francisco, nos Estados Unidos da América.
A nossa crença é que o verdadeiro mecanismo de cura é através dos relacionamentos. E é muito díficil ter um relacionamento de cura unidirecional. – Emily Anhalt
Assim, as aulas de Coa exigem participação ativa, completa com salas de descanso e exercícios de responsabilidades, tal como num ginásio para a saúde física.
Tal como um ginásio para codnicionamento físico, o finásio de fitness emocional da Coa requer presença e compromisso. Estamos a criar um espacio intencional onde as pessoas estão lá para identificar e apoiar umas às outras.
Parsley Health – Medicina Funcional para Todos
Parsley Health foi fundado por Robin Berzin, uma professora de yoga e meditação que se tornou doutora. A sua vida levou-a a dubruçar-se sobre o pensamento de que não podemos tratar a mente sem tratar o corpo, e vice-versa.
De facto, a mente está num corpo, por isso, será inificiente tratar um separado do outro.
Trazemos nutrição, saúde mental, mudança de estilo de vida, sono, condicionamento físico, suplementos para o bloco de prescrição, juntamente com medicamentos prescritos e testes – Robin Berzin
Quando alguém utiliza o serviço pela primeira vez é confrontado com uma panóplia de perguntas, apesar disso, não se irá assemelhar a nenhuma outra experiência médica que o paciente possa ter vivido no passado.