“Não acredito que haja um caminho a seguir que não seja uma proibição” da rede social TikTok, disse o comissário da Comissão Federal de Comunicações norte-americana (FCC, na sigla em inglês) Brendan Carr, que tem sido crítico da aplicação detida por uma empresa chinesa.
Em entrevista à plataforma Axios, Carr apelou ao Departamento do Tesouro norte-americano para que banisse a aplicação, que conta mais de 200 milhões de transferências só nos Estados Unidos. Na origem do pedido está a crença do comissário de que a empresa-mãe estaria a planear, alegadamente, recolher informação sobre alguns utilizadores norte-americanos.
De recordar que em junho a FCC já tinha solicitado à Apple e à Google que retirassem a app das suas lojas.
Em resposta às acusações publicadas na mesma plataforma, um porta-voz do TikTok disse que Carr “não tem nenhum papel nas discussões confidenciais com o governo dos Estados Unidos relacionadas ao TikTok, e parece estar a expressar opiniões independentes do seu papel como comissário da FCC”.
As declarações de Brendan Carr surgem na altura em que o TikTok e o Comité de Investimento Estrangeiro nos Estados Unidos – que integra o Departamento de Tesouro – se encontram em negociações para determinar se a app poderá ou não ser alienada pela empresa-mãe chinesa ByteDance para uma empresa norte-americana, de forma a poder manter-se operacional nos Estados Unidos. Uma série de relatórios recentes contestou as alegações do TikTok de que os dados dos utilizadores dos Estados Unidos são seguros porque são armazenados fora da China e que a empresa não cumpre os requisitos de moderação de conteúdo do governo chinês.
De recordar que o governo Trump tentou, sem sucesso, banir a aplicação em 2020, e depois ordenou que a ByteDance alienasse o TikTok para uma empresa americana, mas nenhuma venda se concretizou.
Há cada vez mais candidatos políticos dos Estados Unidos a usarem o TikTok para chegar aos eleitores à medida que as eleições se aproximam, aumentando as apostas sobre o destino da app.