A Toyota anunciou um investimento de cerca de oito mil milhões de euros para criar a Woven City, uma cidade inteligente futurística na base de um vulcão ativo, com o objetivo de redefinir a vida urbana através de tecnologia avançada e sustentabilidade. A história pode ler-se no Electro Pages.
A Woven City foi projetada para ser um ecossistema neutro em carbono, alimentado por células de combustível de hidrogénio e apresentando casas inteligentes construídas com técnicas tradicionais japonesas e robótica moderna. Como um “laboratório vivo”, a Woven City virá a testar veículos autónomos, sistemas de transporte baseados em IA e um sistema operacional digital para gerir infraestrutura urbana, estabelecendo novos padrões para o desenvolvimento de cidades inteligentes.
As cidades inteligentes têm vindo a ser prometidas há muitos anos e, embora a tecnologia para as construir já exista, na verdade ainda não vimos uma verdadeira “cidade inteligente”. Embora muitos falem sobre como as cidades inteligentes podem existir, a Toyota anunciou recentemente este investimento para construir uma cidade inteligente a partir do zero, na base de um vulcão ativo, para ali fazer experiências. Embora as cidades certamente tenham crescido, elas são tudo menos inteligentes, apesar da grande quantidade de tecnologia disponível. Com exceção da comunicação digital, as cidades modernas não são totalmente diferentes daquelas do início do século XX.
Uma dessas questões que se levanta quando se fala de cidades inteligentes é a integração de várias tecnologias nas infraestruturas urbanas existentes. A modernização das cidades com sensores, dispositivos de recolha de dados e sistemas interligados pode ser um processo complexo e dispendioso, exigindo um planeamento cuidadoso, coordenação entre as diferentes partes interessadas e um investimento significativo para garantir que a tecnologia funciona como pretendido.
A privacidade e a segurança dos dados também são grandes preocupações quando se trata de cidades inteligentes. A grande quantidade de dados recolhidos por sensores e sistemas de vigilância levanta questões sobre como esta informação é armazenada, acedida e protegida. Os residentes podem sentir-se desconfortáveis com a monitorização constante e com a possibilidade de as suas informações pessoais serem utilizadas indevidamente ou comprometidas, especialmente se tais sistemas forem expostos a forças externas.
Neste sentido, a dependência da tecnologia nas cidades inteligentes também introduz novas vulnerabilidades às ameaças cibernéticas e ao hacking. À medida que mais sistemas se interligam, aumenta o risco de ataques cibernéticos contra infraestruturas críticas, redes de transporte e serviços públicos. A proteção contra estas ameaças requer medidas robustas de segurança cibernética e monitorização contínua para detetar e responder a potenciais violações.
Outro desafio é garantir que os benefícios das cidades inteligentes sejam distribuídos equitativamente entre todos os residentes. Existe o risco de que os avanços tecnológicos possam ampliar as disparidades sociais e económicas existentes, criando fossos digitais entre diferentes comunidades. O acesso aos serviços digitais, à conectividade e à informação deve ser inclusivo e acessível a todos, independentemente do rendimento ou da origem da pessoa.
Além disso, o impacto ambiental das cidades inteligentes deve ser cuidadosamente considerado. Embora estas cidades pretendam ser sustentáveis e amigas do ambiente, a construção de novas infraestruturas, tecnologias com utilização intensiva de energia e o aumento do consumo de recursos podem ter consequências indesejadas no ambiente. Equilibrar a necessidade de inovação tecnológica com a conservação ambiental é uma tarefa delicada que requer um planeamento cuidadoso e práticas sustentáveis.
A cidade que está a ser projetada pela deve tornar-se num “laboratório vivo” para a marca testar e aperfeiçoar as suas tecnologias de ponta, concentrando-se particularmente na condução autónoma renovável e energeticamente eficiente.
A Woven City deverá nascer na base do Monte Fuji, no Japão, e está a ser concebida como um lugar onde as pessoas podem viver, trabalhar e interagir em harmonia com a tecnologia avançada e a natureza. Os planos detalhados de construção e os cronogramas para a Woven City não foram totalmente divulgados, mas o projeto representa uma visão ambiciosa para o futuro da vida urbana.
Fonte: Electro Pages