Portugal vai ter de acelerar o atual ritmo de trabalho se pretender cumprir com as metas definidas no âmbito da Década Digital nas áreas de competências digitais, digitalização dos serviços públicos e acesso à rede 5G. Estas são as recomendações da Comissão Europeia, que divulgou em nota de imprensa o seu primeiro relatório sobre o estado das metas que definiu até 2030 no âmbito da Década Digital.
Bruxelas tem feito recomendações específicas para cada estado-membro. Assim, e para Portugal, considera-se que os 70% de cobertura nacional da rede 5G estão abaixo da média da União Europeia, de 81%. Por isso, defende-se a “continuação dos esforços em matéria de infraestruturas de conectividade, acelerando as que apoiam a cobertura 5G”, lê-se na nota.
Os serviços online para cidadãos estão com uma taxa de 78% e para as empresas de 82%, pelo que a exigência europeia também vem no sentido de se alcançarem os 100%.
Apesar dos progressos feitos em matéria de competências digitais básicas, defende-se, ainda, que é necessário acelerar o ritmo e contribuir significativamente para o objetivo da Década Digital: 80% das pessoas entre 16 e 74 anos e atingir os 20 milhões de especialistas TIC até 2030. Os dados comunitários mostram que atualmente 55% da população com idades entre os 16 e os 74 anos possui, pelo menos, competências digitais básicas, mas que só 29% possui competências digitais acima do nível básico.
Relativamente à digitalização das empresas, 70% das PME em Portugal tinham, pelo menos, o nível básico de intensidade digital, ligeiramente acima da média da EU, que era de 69% em 2022.
A Década Digital da Europa é onde todos têm as competências necessárias para utilizar a tecnologia do dia a dia. Até mesmo as pequenas empresas utilizam a tecnologia para tomar melhores decisões de negócio, interagir com os seus clientes ou melhorar partes das suas operações comerciais.