As burlas na internet continuam a aumentar em 2024. No primeiro trimestre do ano, foram apresentadas no Portal da Queixa 1,31 mil reclamações de consumidores nacionais, mais 20% que em igual período do ano passado. E até 21 de abril, o número já estava em 1,486 mil reclamações. A maioria das denúncias está relacionada com compras em lojas online, em que os consumidores não chegam a receber os produtos encomendados e ficam sem resposta da marca ou do vendedor e sem o reembolso do dinheiro. A notícia foi dada em nota enviada à imprensa.
A não execução dos pedidos de reembolso é o principal motivo de queixa denunciado, gerando 57,8% das reclamações inseridas em situações de burla. Seguem-se os problemas no contacto com a marca, com casos ue reportam dificuldades no atendimento ao cliente e a falta de feedback do vendedor.
A análise aferiu ainda as categorias mais reclamadas, onde a alegada situação de burla aconteceu durante a compra online. Recolhendo 42,5% das denúncias, o maior volume foi registado na categoria compras, moda e joalharia. Segue-se a área da beleza, estética e bem-estar, que somou 13,6% dos casos. Já 9,4% das queixas denunciam esquemas fraudulentos na categoria hotéis, viagens e turismo e 9% dos casos em lojas de mobiliário, decoração e eletrodomésticos. Na origem de 7,4% das reclamações encontram-se lojas sobre internet, sites e negócios.
O aumento do número de burlas feitas através de mensagens, chamadas telefónicas ou pelas redes sociais também tem levado a diversos alertas por parte das autoridades. O método mais usado para enganar as vítimas passa por inventar histórias com enredos que as levam a perder dinheiro sem darem conta. Numa altura em que o telemóvel é cada vez mais um objeto imprescindível, há a necessidade de aumentar a consciência sobre os riscos e os novos esquemas usados muitas vezes por redes criminosas organizadas.