Bruce Willis afinal não vendeu os direitos do seu rosto a uma empresa de deepfakes

O porta-voz de Bruce Willis garante que o ator não fez “acordos ou parcerias” com a empresa Deepcake, que desenvolve atividade especializada em vídeos deepfake.

Em causa estão as notícias vindas a público na semana passada, quando foi anunciado que, numa iniciativa inédita, Bruce Willis teria vendido os direitos do seu rosto a uma empresa especializada em vídeos deepfake, feitos com recurso a inteligência artificial, e iria a continuar a aparecer em filmes, mesmo depois de se afastar dos ecrãs depois de lhe ter sido diagnosticada afasia – isso sim já confirmado. Afasia é uma condição de saúde na qual as pessoas podem ter dificuldade de ler, escrever, falar, compreender ou repetir a linguagem comum.

O que terá estado na origem desta questão foi o anúncio “falso” em que o gémeo digital de Bruce Willis, criado pela Deepcake, teria dito que ia continuar a fazer filmes. A Reuters publicou no seu Twitter um vídeo onde o processo criativo é explicado e se detalha que uma rede neuronal foi usada para “colar” a imagem do rosto do ator norte-americano sobre o corpo de um ator russo. A rede neural foi treinada com base no conteúdo de “Die Hard” e “Fifth Element”, por isso a personagem é semelhante à sua imagem da época.

A Deepcake também esclarece que o que Bruce Willis fez foi “dar consentimento (e muitos materiais) para produzir o seu Gémeo Digital”. A empresa salienta ainda que tem uma vasta biblioteca com muitos recursos de elevada resolução sobre celebridades, influencers atuais e figuras históricas. No seu site surgem algumas declarações que são atribuídas a Willis, mas não há esclarecimento sobre se têm de facto, ou não, origem no ator verdadeiro.

A confusão gerada pelas notícias vem destacar o quão nova é a tecnologia, levantando as questões éticas e de falta de regras claras sobre a inteligência artificial.

Fonte: BBC

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