O Beta “Full Self-Driving” da Tesla, que foi surgindo gradualmente nos últimos dois anos, agora está disponível para quem tiver pago pelo recurso, que é apresentado no ecrã do carro, na América do Norte, anunciou o CEO Elon Musk.
O lançamento do software beta começou em 2020 com um pequeno número de clientes e, desde então, expandiu-se gradualmente para estar disponível para cerca de 160 mil motoristas em outubro deste ano. Obter acesso à versão beta normalmente exige que os motoristas atinjam um limite mínimo de segurança com o recurso de pontuação integrado da Tesla, além de terem de registar 160 quilómetros usando o piloto automático avançado do recurso de assistência ao motorista da empresa.
Agora, a afirmação de Musk de que o recurso está disponível para “qualquer pessoa” que o solicite na América do Norte sugere que esses requisitos podem já não estar em vigor.
A tecnologia de assistência ao motorista da Tesla, para não mencionar o marketing da empresa, está a enfrentar um forte escrutínio por parte dos reguladores. A Administração Nacional de Segurança do Tráfego Rodoviário dos Estados Unidos está a investigar incidentes de veículos Tesla que colidiram com veículos de emergência estacionados enquanto usavam o piloto automático, e o Departamento de Justiça abriu uma investigação própria. O Departamento de Veículos Motorizados da Califórnia também acusou a Tesla de fazer alegações “enganosas” sobre as capacidades de condução autónoma dos seus carros.
O acesso à versão beta só é permitido aos motoristas que tenham adquirido a funcionalidade “Full Self-Driving” da Tesla, que atualmente é vendida por uma taxa adicional de cerca de 15 mil euros na compra de um carro. De acordo com o site da Tesla, os recursos disponíveis incluem a capacidade de identificar e responder a semáforos e sinais STOP, com a opção de conduzir em modo automático nas ruas da cidade listadas como “próximas”. Os carros da Tesla incluem recursos de assistência ao motorista “Autopilot”, como controlo de cruzeiro com reconhecimento de tráfego como padrão.
Fonte: The Verge