Recorrendo ao sensor de ECG do Apple Watch Series 6, um grupo de investigadores descobriu que havia uma estreita associação entre os dados de ECG, incluindo aceleração cardíaca e capacidade de desaceleração, e os níveis de stresse relatados pelos participantes no momento em que as leituras foram feitas. Algoritmos de machine learning foram então desenvolvidos usando essas informações para criar um modelo de previsão.
O estudo conclui que o Apple Watch tem um potencial “promissor” para previsão dos níveis de stresse e propõe que, como o dispositivo recolhe informações adicionais de saúde, como indicadores de sono e atividade física, ainda mais dados podem vir a ser integrados aos modelos de análise dos níveis de stresse para aumentar a sua precisão preditiva.
“A oscilação dos seus batimentos cardíacos reflete o quão adaptável o seu corpo pode ser. Se a sua frequência cardíaca é altamente variável, isso geralmente é uma evidência de que seu corpo pode se adaptar a muitos tipos de mudanças. Pessoas com elevada oscilação da frequência cardíaca geralmente são menos stressadas e mais felizes”, explica a Cleveland Clinic à publicação.
Estes dados ainda podem ser mais precisos se se basearem no novo sensor de temperatura do Apple Watch Series 8 e nos próprios algoritmos da Apple devido à relação entre os níveis de stresse e as alterações que ocorrem na pele.
Os pesquisadores antecipam que o Apple Watch possa vir a ser usado para ajudar nos cuidados com a saúde mental, oferecendo atividades como exercícios respiratórios para compensar os sinais de stresse, respondendo precocemente a mudanças no estado da saúde mental. Dispositivos concorrentes da Samsung, Fitbit e Garmin oferecem um recurso de pontuação de stresse há algum tempo, mas a Apple ainda não implementou nada semelhante na app Health, apesar de ter o smartwatch mais vendido do mercado.
Fonte: 9to5mac