Nos últimos tempos, a gigante tecnológica Apple tem estado empenhada em aprimorar a sua presença no domínio da Inteligência Artificial (IA). A empresa tem vindo a realizar uma série de aquisições estratégicas para fortalecer a sua capacidade de IA, preparando-se para o que está por vir nos próximos meses. Uma dessas aquisições recentes é a DarwinAI, uma startup sediada no Canadá que se especializa em IA.
Segundo Mark Gurman, analista da Bloomberg, a DarwinAI desenvolveu uma tecnologia de IA que inspeciona visualmente os componentes durante o processo de fabricação. No entanto, uma das suas principais tecnologias é a capacidade de tornar os sistemas de IA mais pequenos e rápidos. Esta aquisição da Apple poderá ser um passo crucial para a introdução de funções de IA nos seus dispositivos.
A Apple tem-se distinguido dos seus concorrentes pela sua abordagem à IA. Enquanto muitas empresas optam por processar funções de IA na nuvem, a Apple pretende que essas funções sejam processadas no próprio dispositivo. Esta abordagem poderá ser anunciada oficialmente na WWDC 2024.
A tecnologia desenvolvida pela DarwinAI poderá facilitar a realização deste objetivo. A startup desenvolveu uma forma de fazer os modelos de IA funcionarem até o dobro do tamanho da memória do iPhone, utilizando janelas e pacotes de filas e colunas.
Rumores sugerem que as funções de IA processadas no dispositivo poderão ser exclusivas dos modelos iPhone 16 e iPhone 16 Pro, graças ao processador A18 Pro. Este processador deverá ser construído num processo de 3 nanómetros, tal como o A17 Pro do iPhone 15 Pro.
Apesar do objetivo da Apple ser o processamento de funções de IA no próprio dispositivo, a empresa já possui servidores necessários para processar algumas dessas funções na nuvem de forma privada. As próximas semanas prometem ser interessantes, com a Apple a falar oficialmente sobre IA.
A Apple está a investir fortemente na integração de IA nos seus dispositivos, com a aquisição da DarwinAI a ser um passo significativo nessa direção. A empresa parece estar focada em processar funções de IA nos próprios dispositivos, em vez de na nuvem, o que poderá resultar em melhorias significativas de desempenho e eficiência. No entanto, ainda é cedo para prever como estas mudanças irão impactar a experiência do utilizador. Estou ansioso para ver como a Apple irá implementar estas tecnologias e quais serão as implicações para o futuro dos smartphones.
Fonte: bloomberg