A cada ano que passa, em janeiro, a Apple divulga os lucros da equipa de desenvolvimento da App Store. A divulgação deste ano sugere que o crescimento da App Store estagnou.
Os desenvolvedores recebem entre 70% e 85% das vendas brutas. A Apple disse que 2022 foi um ano “recorde” para a App Store e revelou 900 milhões de assinaturas, acima dos 745 milhões de assinaturas em 2021. A estatística da Apple inclui qualquer pessoa que assina um serviço através da App Store, não apenas os seus próprios serviços como Apple TV+ e Music.
Se as comissões da Apple fossem todas de 15%, o valor bruto estimado de lucros da App Store em 2022 teria correspondido a um crescimento menor (cerca de 70 mil milhões de euros; “apenas” 10 mil milhões a mais que em 2021).
Esta é uma estimativa aproximada que pode variar porque não está claro quantos desenvolvedores pagam essa taxa de corte de 15%, em comparação com o corte de 30%, e porque as estatísticas de ações da Apple são arredondadas. As tentativas de extrapolar o volume dos negócios da App Store a partir dos ganhos dos desenvolvedores são imprecisas, reconhece a empresa.
O crescimento da App Store desacelerou em 2022, o que é um dado importante para os investidores porque a App Store é uma parte significativa dos negócios de serviços da Apple e é um mecanismo de lucro para a empresa.
A Apple tem de lidar com uma comparação delicada, uma vez que as vendas mais elevadas de aplicações se registaram em 2021 e 2020, quando as pessoas compraram mais jogos e software durante a pandemia de Covid-19. A Apple também está a ser “vítima” da incerteza dos consumidores em todo o mundo, à medida que as taxas de juro aumentam e os economistas se preocupam com uma possível recessão.
A receita líquida da App Store caiu durante seis meses consecutivos, de junho a novembro, antes de crescer novamente em dezembro.
Fonte: CNBC