Há poucos dias, foi revelado que a nova edição do popular shooter da Activision, o ‘Call of Duty: Black Ops 6’, seria lançada no Game Pass da Microsoft. Tal como previsto, a confirmação veio da própria empresa de Redmond, encerrando assim o ciclo da aquisição da Activision Blizzard. Este anúncio, de uma forma ou de outra, faz todo o sentido.
A grande novidade deste anúncio é que o ‘Call of Duty’, uma das poucas franquias da Activision capazes de gerar vendas no primeiro dia a preço completo, chegará diretamente ao serviço de subscrição da Microsoft. Este foi um dos pontos mais discutidos durante o período de aprovações pelos organismos de competição dos diferentes países, embora tenha sido a nuvem que acabou por atrasar a aprovação.
No entanto, a chegada do ‘Call of Duty: Black Ops 6’ ao Game Pass não significa necessariamente que o jogo não possa ser comprado separadamente ou que seja exclusivo do ecossistema da Microsoft. Espera-se que o jogo possa ser adquirido para PC, Xbox e PlayStation, bem como jogado na nuvem. De facto, as informações divulgadas sugerem que o novo ‘Call of Duty’ chegará à PlayStation 4 e Xbox One.
Esta notícia provavelmente não surpreenderá ninguém. A Microsoft gastou 68.700 milhões de dólares na compra da Activision Blizzard King e era evidente que iria utilizar o seu catálogo para reforçar o seu serviço de destaque: o Game Pass. Sarah Bond, presidente da Xbox, afirmou há alguns meses que todos os jogos da Activision chegariam ao Game Pass desde o primeiro dia.
Com o ‘Call of Duty’, este movimento faz todo o sentido. Lançá-lo no Game Pass significa que o jogador que quiser aproveitar o modo online (que é a grande atração da franquia) ficará vinculado a pagar a subscrição. Sem subscrição, não há festa (a menos que compre o jogo, claro). De qualquer forma, o objetivo da Microsoft é claro: usar o ‘Call of Duty’ como um íman para atrair subscritores, tal como fez com o ‘Diablo’ há alguns meses e com o ‘Starfield’ há um ano.
O caso do ‘Starfield’, título da Bethesda, é um bom exemplo a seguir. As vendas foram consideráveis, mesmo fora do Game Pass, mas foi este serviço que levou a melhor parte. Segundo a Microsoft, bateram o recorde de novas subscrições no dia de lançamento. Embora não se conheçam as cifras atuais de subscritores, os últimos dados apontam para 34 milhões.
Este movimento, juntamente com a aquisição da Activision Blizzard, demonstra o compromisso da Microsoft em fortalecer a sua posição no mercado de jogos. A meu ver, é uma estratégia que provavelmente trará bons resultados para a empresa.