Foi no Unpacked deste mês que a Samsung, ao lado dos seus dispositivos dobráveis, apresentou o produto que promete ser a melhor oferta (pelo menos este ano) do novíssimo Google Wear OS 3.0. Que produto falo? Refiro-me, claro, aos Galaxy Watch4 e Watch4 Classic, os primeiros e únicos modelos deste ano a suportar o novo sistema operativo desenvolvido entre a Google a Samsung.
Uma vez que a pré-venda ainda decorre e com ofertas exclusivas (braceletes e um carregador wireless duplo), preparámos este artigo para responder e dar a conhecer alguns aspetos essências e que podem auxiliar, ou até desviar, desta compra.
Adeus, Tizen! Olá, Wear OS
Apresentado em maio e tendo agora ganho todo o destaque, a novo sistema operativo desenvolvido entre a Google e a Samsung visa dar o merecido boost ao mercado wearable Android.
O certo é que, com esta aposta, os utilizadores vão conseguir usufruir de um maior leque de aplicações de terceiros (incluindo o Google Maps), bem como uma integração mais profunda com os seus dispositivos Android. Quer em definições, quer em watchfaces. Tudo isto é a base da One UI Watch 3.
Falta de suporte para iOS
Claro que não há sempre um senão, e este chega no suporte deste relógio. Fruto da parceira e do que está em jogo, o Watch4 é o primeiro relógio inteligente da Samsung que não é compatível com o sistema operativo da Apple. Torna-se assim importante ter este ponto em atenção na hora de escolher um smartwatch para um utilizador da empresa de Cupertino.
Um novo processador
Este é dos pontos que me deixa mais entusiasmado. Porquê? Pois, porque a Samsung tinha usado o Exynos 9110 desde o seu lançamento, há três anos (Galaxy Watch até ao Watch3). O novo processador, o Exynos W920, é construído usando a mais recente litografia de 5nm e promete melhor desempenho e menos gasto de bateria.
Estas melhorias resultam em 20% no aumento de performance e um aumento de 10% no que toca à componente gráfica. Isto também permite ecrãs de maior resolução, nomeadamente de 960×540 pixeis.
Conhece a BIA
BIA é, na verdade, acrónimo para impedância bioelétrica, onde o relógio, em 15 segundos, mede mais de dois mil pontos de referência corporal e dá ao utilizador informações sobre o seu peso, a sua gordura corporal, massa muscular e massa gorda, massa óssea e água no corpo. A forma como a Samsung conseguiu isto foi deveras impressionante e possível de ver em vídeo oficial:
Esta funcionalidade não é só para os que fazem exercício, já que muitos dos parâmetros ajudam a compreender a gordura visceral, algo que pode ser trabalhado somente com a alimentação. A taxa de fiabilidade destes resultados é de 98%. Importa, contudo, ter em atenção que à semelhança da disponibilidade por país da medição de eletrocardiograma ou pressão arterial no relógio, a medição da composição corporal também tem de ser aprovada pelos regulados dos diferentes países.
BioActive
É assim que a Samsung denominou todo o conjunto de sensores que, para além da BIA, medem o oxigénio no sangue, a pressão arterial e realiza eletrocardiograma. Estes dados ajudam ainda na hora do sono, em que a cada segundo o relógio mede o oxigénio no sangue. Aliado a este dado, e usando o microfone do telemóvel, o relógio pode ainda recolher as informações do ressonar do utilizador para lhe dar consciência do seu período de descanso.
Maior personalização
Se em anos anteriores a oferta da Samsung deixava a desejar, este ano tudo mudou. Na verdade, quando um utilizador compra um relógio da série Watch4 pelo site oficial da marca, este pode escolher entre um conjunto infindável de braceletes. Estilos que vão desde o mais desportivo, ao extra desportivo e clássico. Uma vez que o mecanismo de encaixe de braceletes usado é dos mais universais, um utilizador poderá ainda adquirir braceletes próprias e em lojas terceiras à Samsung.